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31 de dez. de 2011

Feliz Ano Velho!!!

Puxa...como somos volúveis...Todo começo de ano é a mesma coisa: Celebramos o ano que se inicia, desejamos um infinito de coisas dele, usufruimos e depois simplesmente damos uma "bica" como se não tivesse prestado para nada.
Tá todo mundo correndo infinitamente atrás do novo e dispensando o velho e já inútil ano velho.
Isso só prova que nos iludimos o tempo todo correndo atrás de borboleta, muitas vezes a machucando, correndo risco de quebrar suas asas para depois achamos que não valeu pena, perdendo o encanto de suas belas asas coloridas que voavam ao infinito carrregando pó de Pirlimpimpim para nos seduzir...
Borboletas mortas, mutiladas só servem para secar nas páginas de um livro ou para ilustrar o álbum de fotos de recordações do ano passado, onde tudo é bonito.
Quer apostar como é assim que funciona? Use pó mágico de Pirlimpimpim e se transporte para 31/12/2012!

Papo furado, né...É que já comecei a beber, brindando o Ano Novo!
Tim Tim!!!

25 de dez. de 2011

As botas de Papai Noel e o Sapateiro

É época de Natal, consumidores em frenético vai e vem em busca de presentes que alimentam a poderosa fábrica de Papai Noel!
Presentes que encantam crianças por alguns minutos, alegram alguns adultos e a outros compensam as faltas do ano inteiro...
Em meio ao corre-corre e filas, rostos impacientes, cansados e irritados com os outros filhos de deus e até mesmo com suas próprias proles que ingenuamente se alegram entre um objeto desejado e um pito dos pais rabugentos, mas para criança tudo está bom, as vitrines fascinam os pequenos e o que importa é que Papai Noel venha na tão esperada noite de Natal.
É véspera de Natal, seja em shopping  center, avenidas e ruas iluminadas dos bairros nobres ou nas barracas tão mal vistas dos camelôs em bairros pobres, os tão cobiçados presentes estão presentes...São como luzes a seduzir mariposas alimentando o consumismo e o desejo de celebrar o Natal com alegria.
Enquanto isso lá no polo norte Papai Noel correndo o risco de ser devorado pelos ursos polares que já devem estar pensando em outras fontes de alimentação diante dos efeitos do aquecimento global, está tão cansado, com as solas das tradicionais botas desgastadas lhe causando dores e odores nos pés. Pobre Papai Noel, precisa de um sapateiro!

Hoje, ao sair apressadamente de última hora para comprar um presente faltante fui parada pela vizinha em alvoroço:

- Sabe quem morreu? O velho sapateiro, será que era o último?

E quem precisa consertar os sapatos? Nas lojas tem de montão, feitos nas fábricas que geram renda, até mesmo por meninos que esperam o Papai Noel!















19 de dez. de 2011

Futebol, paixão e compreensão

Futebol sempre despertou paixões nos torcedores, quase uma relação passional despertando desejos, êxtase e obviamente conflitos.

Vejam só o caso do Santos FC, depois de longa e vitoriosa jornada chegou à final do  Mundial Interclubes e tomou uma "lavada" do Barcelona. A torcida presente que ama o time, sua estória, aplaudiu os meninos da vila, afinal é um time jovem enfrentando o poderoso Barça e a lógica se fez sem nenhuma surpresa. As torcidas adversárias e os santistas não tão apaixonados, obviamente não deixaram de fazer comentários recheados de sarcasmo...No esporte há muito disso, espera-se sempre o máximo e quando acontece um único tropeço chovem críticas como se a jornada anterior não tivesse a mínima validade.

No amor parece ser assim também, vai do êxtase do início de flerte apaixonante ao terrorismo dos conflitos após declínio do fogo ardente...Tudo que era lindo e maravilhoso torna-se insignificante quando uma das partes já não se sente envolvida na relação e por diversos motivos já não quer mais a continuidade da relação. Aí chovem vaias...sarcasmo, ironia misturadas a choros e chantagens, como torcedor que xinga, mas não troca de time, continua ali sem amor próprio perante sua própria visão pequena de compreensão do objeto dito "amor". Muitas pessoas crescem, mas continuam se comportando como crianças mimadas que não suportam terem seus desejos não realizados, querem sempre a alegria e vitória próprias.

Compreensão não é somente ser compreendido, é compreender também!
Um brinde ao Santos Futebol Clube, 2º melhor time do mundo graças a uma jornada vitoriosa com erros e acertos como cada um de nós em nossa jornada!

E a torcida adversária? Ah...são os "parpiteiros"!

18 de dez. de 2011

Autumn Memories

Memórias de Outono

Meus versos são folhas de outono
Poesia despetalada
Relutantes se deixam cair
Lentamente mergulham no ar
No silêncio da tarde fria
Fuligem urbana
Parque ilhado
Por plateia
Casais enamorados
Pássaros
E solitários

Flutuam com saudade
Dos lábios quentes do verão
Que contava segredos 
Em beijos apaixonados
Da carícia  morna do vento noturno
De toques delicados
Braços alados
Rumo ao céu estrelado
Vigiado pela lua
Eterna apaixonada

Flutuam
Ao som da sonata imaginária
Na realidade fria
Lambidos pelos ventos gélidos
Inverno iminente
Que seca  folhas
Adormece corações
Gesta renovação.

Meu poema não tem destino
Vagueia na lentidão
Pode ser um banco velho
A casca morta da árvore
O solo fértil das quimeras mortas
Na mente do poeta inspiração
Ninho de passarinho 
Talvez a mão de um rapaz
Que pode guardá-lo
Entre páginas envelhecidas
Do livro de cabeceira
Há muito abandonado
Na caixa empoeirada
Que guarda memórias
Poesias esquecidas
Folhas esmaecidas
Outono
Outrora 
Memórias




16 de out. de 2011

Jardim das Quimeras

Caminho ao seu lado
Sozinha
Rua deserta.
Vejo além do muro
Jardins floridos
Rosas formosas
Fontes cristalinas
Pássaros
Cantos
Um recanto
Encontro
Seu encanto
Um conto

Tudo é belo
Pétalas mortas
Folhas secas
Galhos retorcidos
Traços de dor
Acre névoa
Solo estéril
Desolação
Solidão.
Tão belo
Que me deito
Leito de plumas
Em espinhos
Em teu peito
Tudo é perfeito.

Caminho pela calçada
Cansada
Passos lentos
Último desatino.
Sinto sua presença
Muro de pedras
Natureza.
Acompanha-me
Sem tocar
Sem falar
Apenas o olhar
A se distanciar
Que se interrompe numa esquina
Esquina morta
Fim da rua
Fantasia



































































8 de set. de 2011

Amores Imperfeitos


Muitas vezes a distância não é falta de carinho, é solução para não se magoar ou não magoar alguém. As pessoas são como são e não podem nos corresponder na medida que queremos sem deixar de ser aquilo que realmente são ou seriam infelizes.  Cada um entende amor e carinho de uma forma e deve agir de maneira a se fazer feliz dentro da sua verdade e isso vale para todos, então é melhor o melhor é sair de cena.
Como diz a música do Skank: Amores imperfeitos são as flores da estação, é por isso que esses amores são finitos, porem inesquecíveis e eternos no coração de quem amou. As estações se repetem...

Postagem original: Publicado em: 23 de março de 2011 às 13:33

IMENSIDÃO

Imensidão
Aninha ilusão
Névoas que bailam
Lindas bailarinas
Perfumadas como rosas.
Dona das tardes mornas
Onde pássaros agitados
Procuram árvores frondosas
Um lugar para repousar.
Tardes de amantes
Acolhe desejos de aquecer
Braços entrelaçados
Sem laço.
Nela me envolvo
Em teus braços
Tudo é imensidão
Espaço infinito
Minha criação.

Ah, embriagada alma.
Dentro dela rodopiou!
Como menina alegre
Em névoas espirais
Bailou.
Como lenço de seda
Ao vento do mar
Prisioneiro atado
No pescoço da moça
Não pode voar.
Tudo que vê
É imensidão
Beleza do mar
Desejo de navegar.

Doce ilusão
Dentro dela girou.
Tão veloz
O lenço desatou
Solitária moça abandonou.
Livre na imensidão
Voou.
Em areias brancas
Fugaz
Logo à frente pousou.
A onda veio
Levou
Ilusão evaporou.
Fantasia solitária
Despida ao chão
Resta imensidão.
Sem perfume
Sem cor
Sem calor
Apenas espaço:
Desabitado
Ocupado
Denso
Concreto
Vazio
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Postagem original: Publicado em: 17 de março de 2011 às 15:06

PAISAGEM

Paisagem intocável...
 
Cada olhar um pintor
Branca
Pálida
Acinzentada
Cansada
Negra
Sombria
Vermelha
Acalorada...apaixonada
Amarela
Em aquarela
Brilha...
Um mundo de cor
O traço é livre
A alma é do pintor
 
Paisagem sentida...
 A alma é do poeta
Quando deita na relva
É ela
Fecha os olhos
E ainda vê sua cor
Sente o frescor da manhã
Cheiro de mato molhado
Sente seu calor
Inspiração
Mistura-se em suas cores
Sussurra-lhe palavras de carinho
Sente-se um menino
É a mais linda do mundo















Postagem original: Publicado em: 30 de maio de 2010 às 8:53

31 de ago. de 2011

Destino no Asfalto

Mais um dia de trabalho e lá vai o motoqueiro pelas ruas de São Paulo, personagem anônimo na imensa paisagem de concreto da grande cidade, insólito em seu tricotear busca os espaços que o levam ao destino da rotina diária do existir.
Mas ele não vê que o destino pode estar logo ali à frente, escondido no asfalto sob as águas turvas da chuva que castiga  a cidade cinza e apressada que alimenta e também devora seus habitantes. O destino ignora os sonhos do personagem...lar, amores, laços, abraços, risos e choros espalhados pelo ar...
Um segundo e o destino se faz: a vida é lançada aos ares, cai simplesmente o corpo estatelado no asfalto, o sangue sendo lavado pelas águas da chuva, novamente atrapalhando o tráfego de mais um dia frio e cruel na cidade que não pode parar.
Rapidamente o burado é tapado, será chamado de fatalidade camuflando o descaso, a omissão. A vida dos sobreviventes continua escrevendo a cada dia seu próprio destino...até encontrar um buraco no chão.
Um pai, um filho, um amante...hoje mais um alguém não vai voltar para casa.

Postagem original: Publicado em: 28 de outubro de 2009 às 9:26



Beijo

Beijo rebelde
Aventureiro
Percorre colinas
Procura  pela brisa do mar

Foz que se rende
Te espera
Te prende


Invade
Arrebata
 

Cobre os espaços
É laço
 

Domina meu chão
Bebe minha alma
Brinda meu corpo
Em seu corpo

Sorve meu desejo
Descança em minha pele

 

Beijo
É chama 

Selvagem
Clama
 

Dono da paisagem
Indomável
No relevo

Esquece as moradas 
Sou sua...
Pousada












Postagem original: Publicado em: 6 de setembro de 2009 às 13:50

Certos Dias

Há dias com gosto de chuva
Daquelas de inverno
Insistentes
Parecem desabar
São gélidos e caldalosos

Na enxurrada incontrolável
Arrastam o ocaso da ilusão
Não adianta capa
Nem guarda chuva
Cortam corpos trêmulos
Congelam almas
Frágeis pensamentos ingênuos...
Carregam tudo pelo caminho
Desabam no bueiro escuro
Tenebroso
Que engole sorridente
As águas turbulentas
No final da ladeira cansada

Há dias de chuva
Ouço do quarto fechado
A força da tempestade
Que não se importa com minha vontade
Abro a janela
Não tenho medo dos dias de chuva
Nem medo de raios e trovões
Eles passam sempre
A vida brota
Fecho a janela
Abro a porta
Vou sair lá fora













Postagem original: 6 de setembro de 2009 às 13:46

Minha Vida em Poesia

À noite a menininha usava a imaginação
Sombras nas paredes, luz de lampião.
Lá fora o grilo cantava
E cantava com o pai
Que causos contava
E ela assim pelo mundo vai.
De manhãzinha ainda na cama
O cheiro de café no ar
No rádio, moda de viola sempre a tocar
Todos vão trabalhar,
Menos a vó que dizia:
-Levante menina, vá brincar!

A menina cresceu
Foi à escola aprender.
Dos livros aprendeu a gostar
Mas não gostava muito de estudar.
Boné na cabeça, o mundo para conquistar
Ah, como era boa a vida de muleca de rua:
Bolas, pipas, figurinhas, brincadeiras...
E música sempre no ar.
Na cozinha o cheiro de bolo de fubá
A figura da avó!
Veio-me o gosto para cozinhar.

A moça tímida camuflada
Perdeu o tempo certo de namorar
Se é que para isso tempo há
Ficava na rua a brincar.
E que grande bobagem,
A pretesto de trabalhar
Deixou de estudar
Sem saber que a vida dá
Aquilo que vamos buscar.
E a jovem fez a triste escolha
Junto à mãe o mundo foi enfrentar.

O primeiro grande amor
Veio a despedida...dor.
Voltou a estudar
Queria o mundo libertar.
Quis dar uma chance ao amor
Tentou.
Novamente o estudo abandonou.
Um horizonte mais amplo não enxergou.
Casou.
Veio a maternidade junto à maturidade
Sentiu na existência daquele ser
O significado de viver.
Novas escolhas...
Foi mãe.
Na infância do pequeno
Com ares modernos, sua própria reviveu.
Cada gesto foram laços
Não faltaram abraços!

O tempo passou, sentiu-se só
Nem a música soou.
Amor deveria ser partilhar...
E não sendo, melhor acabar
O que acabado já está.

É tempo para recomeçar
Voltou a estudar
Música no ar
Quer o mundo abraçar!
Como o poder de poesia,
Muitos contos pode narrar.
 Obs: O tema desta poesia foi sugestão da pro Nilu.

Postagem original:  Publicado em: 12 de julho de 2009 às 12:58

O Casarão



Atrás das grades
O antigo casarão
Azul da cor do céu
Não é uma ilusão.

Abrem o portão
Vejo faces desconfiadas
Será medo do outro
Ou será medo de si?
Atrás de cada face
Uma história a contar
Um sonho
Um destino a mudar

O portão que se abre
É a mão estendida
A oportunidade almejada
A criança resgatada.

Passos inseguros
Paralelepípedos frios
Ruela estreita
Muita cor!

Encontramos o calor
O cobertor da dedicação
Que vem do coração
De cada um que vê no todo
A única solução.

Logo cruzaremos aquele portão
Novos horizontes desvendaremos.
Cada um tem seu valor
Cada face identidade
Hora de buscar felicidade.

Para trás o casarão ficará
Mas em nossos corações
Para sempre estará.
Em cada lição aprendida
Em cada amigo
Em cada olhar
Tudo que ficou por lá.


Esta poesia fiz para homenagear minha querida e inesquecível professora
Nilu, de Leitura e Comunicação e também para expressar um pouco de
meus sentimentos nestes meses que estudei e convivi no SASECOP.
E minha poesia ficará por lá, enquadrada no casarão...É muita emoção!
Mais do que certificados, encontramos muito carinho, dedicação e muitas lições de vida.


Postagem original: Publicado em: 4 de julho de 2009 às 10:50

28 de ago. de 2011

Palavras

As palavras
São alegres como crianças
Brincam em meu pensamento
Querem criar vida
Querem correr com o vento
As palavras
Fervilham, misturam-se
Querem tomar forma
Namoram-me.
 
As palavras
São rebeldes
Ficam mudas
Fingem-se de surdas
Querem protestar.
 
As palavras...
Elas não entendem
Que o poeta se esconde
Que apesar de alma sonhadora
Não sou poeta
Sou somente elas…
Palavras
Que saem escondidas para
passear
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
Postagem original: Publicado em: 16 de maio de 2009 às 4:45

PELAS RUAS

Onde mora a dignidade humana? Esta foi a pergunta que me fiz.

A mulher vinha pela rua, vestes surradas, cabelos desgrenhados, olhar inseguro. Parou, olhou a rua, atrás de um poste tirou da sacola uma garrafa PET com água, despiu-se da peça íntima por baixo da saia comprida e agaixando-se lavou sua intimidade, olhando para os lados como se pudesse assim evitar possíveis olhares.
Meus passos diminuiram como a querer preservar aquele momento de pivacidade ali tão exposto na calçada pública esburacada. Passei por ela querendo ser invisível e pensando que eu estava indo e voltaria...e ela talvez nunca voltasse por não ter de onde partir, num ir e vir para o nada.
Não olhei para trás, não sei se pela consciência leve ou pesada.
Onde ela mora, a tal dignidade? Onde mora não sei, mas sei que pode ser muito...muito pouco.

Postagem original:  Publicado em: 8 de maio de 2009 às 11:55

O PANO

Lá estava o pano…
Há muito tempo me esperava
Seria capaz de pintá-lo?
O desafio pulou do molde para o tecido
Mãos inseguras
Tintas, carbonos, pincéis…
Cores brincando com ilusões
E a pintura surgiu
Olho para o pano…lindo.
O tempo o encardiu…
Olho para o pano
É só um pano velho
Pintado
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
Postagem original: Publicado em: 17 de março de 2009 às 7:30

Eu Me Pertenço!



Dia Internacional da Mulher…
Foram tantas transformações  ocorridas em um espaço de tempo relativamente curto, então como definir o perfil da mulher de hoje? Não me sinto capacitada para generalizar e traçar esse perfil, afinal há mulheres em várias faixas etárias e cada uma traz um comportamento baseado não só em crescimento emocional, pessoal, como também social.
Estava eu a passar uma calça para meu filho ir a um casamento e fiquei pensando: Que tempos eram aqueles em que uma mulher era rotulada “boa” pelos cuidados com roupas, arrumações, dotes culinários, servidão à família…Certamente não gostaria de estar fazendo vincos em calças…em tempo algum.
Então perguntei-me questionadora, observadora do comportamento humano, como sempre: Que perfil de mulher é você?
Lembro-me exatamente de minhas observações relacionadas ao universo feminino, achava tudo castrador, limitado, deliciava-me com as feministas, queria trabalhar como minha mãe (apesar de reclamar sua presença), ser independente de um homem e ao mesmo tempo queria um para mim como se isso não fosse dependência…talvez um homem para validar minha existência..
Ao longo dos anos fiz minhas escolhas, todas muito bem pensadas, sempre muito racionais para evitar culpas posteriores…e não reclamo das escolhas, fui feliz na maioria delas; estúpida, infantil e covarde em outras…E em todas escolhas a verdade, a minha verdade, sempre esteve presente, minha alma sempre foi livre, meus sentimentos nunca se calaram…Não consegui independência financeira, mas nunca fui dependente de um homem; lavei, passei, cozinhei; limpei…
Aprendi a amar…sem idealizações…incondicionalmente…não preciso ser dona de alguém, muito menos que sejam meu dono para eu amar ou me sentir amada; respeito  ao ser humano é essencial.
Trabalhei menos do que sonhei, estudei menos do que deveria, mas em compensação fui mãe amiga e companheira e isso é maravilhoso…poder ter tido a oportunidade de crescer e me renovar na alegria de ser mãe, não aquelas superiores que sabem tudo, aquela que além de educar se permite aprender…e aprendi muito com a maternidade, esse foi meu melhor desempenho na vida!
Acho que toda mulher, não importa a idade, deveria sempre voltar-se para dentro de si e questionar-se:
Isto me faz feliz, é o que realmente quero?
E se não quero, quem foi que disse que tem que ser assim?
Por que preciso de um homem para me completar se sou completa?
Por que tenho que me casar?
Por que não me casar?
Por que tenho que trabalhar fora, ser uma vencedora só profissionalmente?
Por que tenho que ser só dona de casa?
Por que tenho que ser competente o tempo todo?
Por que tenho que ser mãe?
Por que não posso dizer que não estou a fim de sexo?
Por que não dizer a um homem que estou morrendo de desejo por ele?
E por aí vai..são tantos os questionamentos que devemos fazer o tempo todo e cada resposta é única e nos mostra o caminho quando a resposta é dada para nós e não para aqueles que nos cercam ou à sociedade. E o mais importante: Não diga não querendo dizer sim e muito menos diga sim querendo dizer não!
Sou mulher…feminina (pelo menos aos meus olhos...); bela e fera; atrapalhada; sonhadora com os pés no chão; livre de corpo e alma; carteira vazia; alguns planos; mãe companheira; tenho vontade de beijar na boca só quem eu quero; tomo cerveja; ouço, canto rock and  roll…sou feliz assim.
Acima de tudo…”I am Mine!”, como diz a música do Pearl Jam.

NUA



Que vestes veste a mulher...

Menina de lacinho
Mocinha de sainha
Jovem moderna e sedutora
Madura comportada
E a senhora alinhada

Que vestes me veste...

Ora sou uma
Ora sou outra
Em outras...sou todas
Algumas vezes nenhuma...
Sou nua

Vestes...
Visto-me
E dispo-me delas

Vesti-me quando nua
Nos braços de desamor
E nos braços do amor dispo-me
Mostro meu íntimo
Dispo-me do medo de ser mulher
Dispo-me do medo do desejo
Dispo-me das vestes do pecado
Da ira de deuses
Dos véus do pudor

E mostro-me nua...

Meu íntimo é mais
Muito mais do que as vestes escondem
Mais do que mãos percorrem
Do que os olhos vêm
Sou corpo nu
Alma despida
Sou vida

 

  Postagem original: Publicado em: 20 de fevereiro de 2009 às 8:57

27 de ago. de 2011

Um Jeitinho de Menino

Ele traz o frescor da manhãs
Inunda meu corpo
Como água de cachoeira

Como gotas de orvalho
Penetra em meus poros
Quero sorver cada gota
Todas...à conta-gotas
Antes do sol despontar

Sei seu calor me aquecerá
Seus raios são chamas de paixão
São beijos cheios de desejos

Mas chegue devagar
Bem de mansinho
Deixe cada gota brilhar
Lentamente evaporar
Exalar seu perfume
Meu corpo penetrar...

E o dia se fará noite...
Leva seu sorriso
Deixa a luz do luar
Seu perfume
Seu sorriso...

Um sorriso em meu olhar

Postagem original: Publicado em: 17 de fevereiro de 2009 às 10:38