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3 de abr. de 2013

Não sei brincar no play!


E lá se vão 7 anos que me rendi ao mundo virtual depois de muito questionar não só minha capacidade de aprender a usar esta tecnologia como também a necessidade real de ter este, digamos, complemento virtual de tudo que se passa em nossa mente, principalmente usando as redes sociais, sejam elas quais forem.


Hoje algumas redes são quase que um playground mental onde as pessoas descem para se distrair, trocar idéias e por tabela aguentam um monte de chatice também pois nem tudo é do nosso gosto, mas felizmente existem as ferramentas de privacidade que ajudam a filtrar, não pessoas, mas gostos.
 
Nestes parquinhos já tive algumas saias justas, criei afetos e desafetos também, não vou negar!
Sempre procurei manter uma certa distância para evitar vínculos emocionais, mas em alguns casos é inevitável, de repente encontramos alguém bacana com as quais temos afinidades e se decidirmos por seguir esse caminho do laço, qual é a medida certa que separa a nossa personalidade da do outro? Até onde sabemos respeitar e até onde respeitamos o outro?
Sinceramente não sei responder, minha experiência mostrou que em todas as vezes que estreitei laços a coisa uma hora desandou e provavelmente por problemas de comunicação, interpretação de intenções que geram o que mais abomino - conflito - e na pior das hipóteses a perda de uma amizade que eu acreditei ser relevante.

Como nos relacionarmos sem stress, principalmente quando as partes tem personalidades fortes e gostam de se expressar? Qual é a linguagem que deveríamos usar para dar nossa opinião, por exemplo, sobre obesidade sem magoar a amiga obesa?
Como agir, falar o que pensa sem medir palavras (não ofensas pessoais ou deboches, odeio isso) ou se fingir de "porta" diante dos assuntos que lhe estimula as ideias e a escrita?

Como lidar com carapuças, cutucadas e manter-se sereno?
 
Seria a amizade mais próxima um censor particular nas redes sociais?


É muito complicado, não dá para ter noção da reação das pessoas, não dá para saber o tamanho que uma "gota" vai ter na cabeça do outro. E isso vale para os dois lados. Talvez o erro seja o meu comportamento, de não ter "papas na língua" e se estou chateada ou desconfiada posso ficar na minha tentando entender melhor ou digerindo (se vem de amigo fica mais difícil digerir), mas se me perguntam o que acontece, falo! E sem pensar se é amigo, colega ou desafeto; a minha suposta verdade não se altera por tipo de amizade.


 Talvez a medida da grande amizade virtual seja a mentira ou ser sonso, porque depois da verdade (nossa) vem a fase da interpretação do outro a respeito da nossa verdade, daí grandes chances de a relação entornar e evaporar, uma vez que o que gera desconforto são justamente as suposições tão subjetivas de cada um dos envolvidos.

Como não consigo ser o que não sou,  não levo jeito mesmo para lidar com "grandes" amizades,  pela experiência posso dizer que as amizades "superficiais" prevalecem, pois estas não criam expectativas de perfeição e a verdade do outro não choca, não magoa, é só a opinião de mais um colega e não vai gerar monstros imaginários ou mesmo reais. 



Não não, definitivamente não sei brincar no playground  virtual! E quer saber, já estou velha e cansada demais para tentar aprender, nem mesmo cubo mágico consegui montar 100% de suas faces, mas tenho que encarar minhas dificuldades.
Só quero que a vida seja alegre e leve para todos!



Achei a foto bem ilustrativa...Filho devia ter uns 4 anos nesta foto.