A Difícil Arte de Amar - Meryl Streep e Jack Nicholson - 1986
Coração pulsa de tanto amor, desejos, conflitos internos, razão, culpa, vida que cobra.
Solidão quando mente e corpo querem estar entrelaçados em braços, pernas e mãos.
Ardor de bocas molhadas sedentas.
Solidão quando mente e corpo querem estar entrelaçados em braços, pernas e mãos.
Ardor de bocas molhadas sedentas.
Houve uma vez um verão.
Em bares, cinemas, mulheres desacompanhadas são rotuladas disponíveis.
A noite é morna, horas precisam ser preenchidas, a noite na cidade é de todos, seria sua.
Exploradores na noite buscam aventuras, sexo, companhias, outros buscam só o deleite de um filme, um drink, aliviar a tensão das incertezas da vida.
Para ela é ousadia, uma jovem mulher quebrando barreiras sociais, preconceitos, suas inseguranças.
Não precisa dele para acompanha-la. Entra no cinema.
Senta na cadeira isolada na quase vazia sessão espremida no meio da semana monótona.
Sabe que é só mais uma alma invisível no escuro como todas aquelas silhuetas desconhecidas.
A sessão começa, nenhuma mulher desacompanhada além dela. Sente olhares de homens solitários como ela.
Um se aproxima, senta ao seu lado em meio a tantas cadeiras vagas. Sente medo por alguns instantes ao ver no escuro olhos estranhos se voltarem para seu rosto e a seguir despir seu corpo com olhos frios. Coração dispara.
Levanta-se rispidamente, senta em outro lugar. Aprende o gesto de dizer NÃO na situação, enche-se de poder mesmo que a palavra NÃO tenha morrido em seus lábios.
O motivador filme é lento, deixa brechas para seus pensamentos, vê-se no passado, no presente, futuro. Incógnitas.
O final é libertador. O futuro? O caminho mostraria, sempre mostra.
No saguão de saída envolto em fumaça de cigarros, cheiro de pipoca e café, a música do filme na mente acompanha seus passos ao final da sessão.
Risos, lágrimas. Pessoas voam em liberdade pelas avenidas da vida, em busca de seus nortes.
O cinema abriga o sonhador e o questionador.
A noite é morna, horas precisam ser preenchidas, a noite na cidade é de todos, seria sua.
Exploradores na noite buscam aventuras, sexo, companhias, outros buscam só o deleite de um filme, um drink, aliviar a tensão das incertezas da vida.
Para ela é ousadia, uma jovem mulher quebrando barreiras sociais, preconceitos, suas inseguranças.
Não precisa dele para acompanha-la. Entra no cinema.
Senta na cadeira isolada na quase vazia sessão espremida no meio da semana monótona.
Sabe que é só mais uma alma invisível no escuro como todas aquelas silhuetas desconhecidas.
A sessão começa, nenhuma mulher desacompanhada além dela. Sente olhares de homens solitários como ela.
Um se aproxima, senta ao seu lado em meio a tantas cadeiras vagas. Sente medo por alguns instantes ao ver no escuro olhos estranhos se voltarem para seu rosto e a seguir despir seu corpo com olhos frios. Coração dispara.
Levanta-se rispidamente, senta em outro lugar. Aprende o gesto de dizer NÃO na situação, enche-se de poder mesmo que a palavra NÃO tenha morrido em seus lábios.
O motivador filme é lento, deixa brechas para seus pensamentos, vê-se no passado, no presente, futuro. Incógnitas.
O final é libertador. O futuro? O caminho mostraria, sempre mostra.
No saguão de saída envolto em fumaça de cigarros, cheiro de pipoca e café, a música do filme na mente acompanha seus passos ao final da sessão.
Risos, lágrimas. Pessoas voam em liberdade pelas avenidas da vida, em busca de seus nortes.
O cinema abriga o sonhador e o questionador.
Na avenida, casais abraçados parecem parados no tempo, em cenas românticas. Solitários se escondem do mundo ou fogem de si.
Outros, libertos se encontram na busca, na ousadia temerosa (ou não).
A noite acolhe, lua acompanha todos sem distinção, não implora olhares de admiração.
A noite acolhe, lua acompanha todos sem distinção, não implora olhares de admiração.
Avenida São João, bares movimentados, o som tocando nas velhas lojas de discos, luzes, mariposas, mendigos, bêbedos, prostitutas, músicos, trabalhadores, batedores de carteiras... O encanto noturno da cidade.
Na rota encontra uma jovem mãe a empurrar o carrinho de seu bebê, sem medo das armadilhas da noite, canta para ele. Lembra do final do filme.
Batem corações na velha São Paulo, aprendizes de amar, viver, sobreviver.
Tem a leve sensação de que estava uma mulher diferente, muito mais forte, pronta para encarar o espaço vazio, em breve.
Na rota encontra uma jovem mãe a empurrar o carrinho de seu bebê, sem medo das armadilhas da noite, canta para ele. Lembra do final do filme.
Batem corações na velha São Paulo, aprendizes de amar, viver, sobreviver.
Tem a leve sensação de que estava uma mulher diferente, muito mais forte, pronta para encarar o espaço vazio, em breve.
Caminha embalada na canção:
Baby sneezes
Mommy pleases
Daddy breezes in
So... good on paper
So romantic
But so bewildering...
Mommy pleases
Daddy breezes in
So... good on paper
So romantic
But so bewildering...
Dalva Rodrigues
18/03/2020
18/03/2020