A rede era alegre, azul como o céu de verão, convidava para balançar nas tardes preguiçosas da vida.
A rede era para um, mas dois se enamoravam em perfeita harmonia.
A rede balançava ao som da música que tocava na sala enquanto ela cantava.
A rede ouvia as histórias dos livros que à criança ela contava.
A rede a escondia nas brincadeiras com o cachorrinho que latia, fazia folia.
A rede girava com tantas caipirinhas saboreadas.
A rede adormecia.
E a acordava com o cheiro da comida
que vinha da casa da vizinha.
A rede era tão cheia de vida.
E mesmo assim foi esquecida.
As redes agora são sociais e públicas.
São nuas, cruas e ferozes.
Despertam ranço nas relações.
Competição, vaidade, mentiras e desfiguração.
Ódio, inveja e ostentação.
Busca frenética por atenção.
Pouca diversão.
As redes, ditas sociais, não me atraem mais.
Quero a paz da rede de algodão
Do contato do tecido com a pele
Que acolhe afetos
Não números de ilusão.
Quero o ventinho suave do vai e vem
Na velha rede descansar.
Ouvir o tique taque do velho relógio
Até a morte me levar.
A rede era para um, mas dois se enamoravam em perfeita harmonia.
A rede balançava ao som da música que tocava na sala enquanto ela cantava.
A rede ouvia as histórias dos livros que à criança ela contava.
A rede a escondia nas brincadeiras com o cachorrinho que latia, fazia folia.
A rede girava com tantas caipirinhas saboreadas.
A rede adormecia.
E a acordava com o cheiro da comida
que vinha da casa da vizinha.
A rede era tão cheia de vida.
E mesmo assim foi esquecida.
As redes agora são sociais e públicas.
São nuas, cruas e ferozes.
Despertam ranço nas relações.
Competição, vaidade, mentiras e desfiguração.
Ódio, inveja e ostentação.
Busca frenética por atenção.
Pouca diversão.
As redes, ditas sociais, não me atraem mais.
Quero a paz da rede de algodão
Do contato do tecido com a pele
Que acolhe afetos
Não números de ilusão.
Quero o ventinho suave do vai e vem
Na velha rede descansar.
Ouvir o tique taque do velho relógio
Até a morte me levar.