Meus versos são folhas de outono
Poesia despetalada
Relutantes se deixam cair
Lentamente mergulham no ar
No silêncio da tarde fria
Fuligem urbana
Parque ilhado
Por plateia
Casais enamorados
Pássaros
Pássaros
E solitários
Flutuam com saudade
Dos lábios quentes do verão
Que contava segredos
Em beijos apaixonados
Da carícia morna do vento noturno
De toques delicados
Braços alados
Rumo ao céu estrelado
Vigiado pela lua
Eterna apaixonada
Vigiado pela lua
Eterna apaixonada
Flutuam
Ao som da sonata imaginária
Ao som da sonata imaginária
Na realidade fria
Lambidos pelos ventos gélidos
Inverno iminente
Que seca folhas
Adormece corações
Gesta renovação.
Meu poema não tem destino
Vagueia na lentidão
Vagueia na lentidão
Pode ser um banco velho
A casca morta da árvore
O solo fértil das quimeras mortas
Na mente do poeta inspiração
Ninho de passarinho
Talvez a mão de um rapaz
Que pode guardá-lo
Entre páginas envelhecidas
Do livro de cabeceira
Há muito abandonado
Na caixa empoeirada
Que guarda memórias
Poesias esquecidas
Folhas esmaecidas
Outono
Outrora
Memórias
Memórias
Wow!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Amei Dalva... parabéns... você escreve muito bem mesmo...e a caixa está divina, perfeita para guardar poemas como esse, lembranças, memórias e pequenos agrados e mimos materializados em um ticket de cinema, o papel que envolveu um sonho de valsa compartilhado, o número de um telefone tão desejado, a foto que documenta um beijo roubado....(até rimou para combinar com essa postagem linda...rsssss).
ResponderExcluirGilian,amei a descrição de possível função da caixa...totalmente poética!!! Fez-me até inspiração para outro poema!
ResponderExcluirMenina, escreva!!!
Dalvaaaaaa não sabia que escrevia tão bem...sinto inveja ( boa ) de quem tem o dom para isso...Lindo demais! Parabéns. Bjks
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