Restos de um amor...Lembranças de momentos, de palavras que desenhavam desejos na espera ansiosa de seus abraços...
Tento apagar de mim as lembranças... Joguei fora tudo que lembra esse amor; apaguei mensagens e poesias; excluí seu nome; rasguei lenços e rendas; espalhei perfumes na correnteza das águas da chuva, cortei os cabelos, digo que não o quero, não sinto saudade...
Posso eliminar todos traços, pistas de sua ausente presença causada pelo adeus que me negou em um derradeiro carinho egoísta deste estranho querer.
Restos de amor...Restos que apaguei do meu viver para esquecer o tão pouco que não posso ter.
E de todo o resto algo não se foi, como se estivesse a rir de minhas técnicas de desapego, algo que não vem de mim e mesmo que queira, não posso evitar, são as canções que me lembram você, rebeldes canções que sem meu consentimento, aqui e acolá se espalham no ar, despertam emoções, zombam de mim, dos restos de amor que guardei na LIXEIRA ESQUECER VOCÊ.
Dalva Rodrigues
Adoro seu estilo de poesia em prosa...
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