Há 20 anos, em 2 de outubro de 1992 tornei-me mãe!
A aventura começa quando você descobre que ser mãe, ter um filho, é muito mais do que ler a revista Pais&filhos!
Foi um dia muito especial, surpreendente, mágico e cheio de emoções, lembro-me como se fosse hoje, primeiro que durante a consulta de rotina a bolsa se rompeu e não foi fácil convencer o médico me deixar ir para casa tomar banho, buscar o pai do rebento e as malas para partirmos, dois marinheiros de primeira e única viagem com a malinha toda caprichada em tons rosas para o hospital onde nasceria nossa princesa que nem tinha nome escolhido, havíamos decidido que somente quando olhássemos o rostinho dela escolheríamos o nome.
O hospital era um luxo, muito além dos nossos padrões, mas o convênio nos permitiu esse luxo por um custo razoável que valeu a pena, parecia um hotel de tão lindo!
Bom....lá fui eu com a enfermeira ou auxiliar, sei lá, para a tal sala pré-parto...Na espera do obstetra, entre depilação, verificação de pressão, dilatação e outras coisinhas chatas, comecei a me deparar com a realidade além das idealizações. Sabe aquela vontade de ser corajosa, papo natureba, mãe moderna (nossa, parto natural é tão antigo, né!) e tal, que quer fazer parto normal? Derreteu "tudim" ali diante da visão de mulheres gemendo de dor conforme aumentava a tal dilatação. E eu só lá pensando que daqui a pouco eu poderia estar ali vivendo na pele aquela cena de novela de época, mas com cenário final século XX num hospital de luxo. Enfim meu médico chegou, verificou minha ficha, constatou a baixa dilatação pessoalmente e decidiu que teríamos que fazer a cesárea! Ah...quase o abracei de tanta alegria, não estava sentindo dor e nem queria chegar no ponto de uma moça logo ali à frente com a "piriquita" pulsando de dor a espera do bebe de parto natural. Francamente, na minha cabeça, dor não é natural, principalmente quando há outra opção.
E lá fui eu para a sala de cirurgia, o pai não assistiu, ficou passando mal (imagine se tivesse assistido) na sala de espera até ser avisado da chegada do bebê, talvez tivesse medo de algo dar errado, já havíamos tido uma gravidez que resultou em aborto retido, estava bem calma apesar de sempre ter temido a tal anestesia e ter inclusive passado mal quando tomei a raquidiana anteriormente. Fui elogiadíssima pelo obstetra que disse que muitas mães dão trabalho na hora do parto com comportamento histérico (juro que me lembrei das mulheres com dor na sala pré parto...sinceramente não sei se seria histeria depois de tanta dor) eu, de minha parte estava felicíssima com minha anestesia entre as vértebras que nem tinha doído tanto quanto dizem doer). O Dr Toshio era ótimo, super descontraído, falamos sobre nossa esperada princesa que ainda não tinha nome, sobre bebês e tal, tudo enquanto ele cortava as camadas de banha...Então às 15:37h nasceuuuuu....o Dr. disse: -Mãe, está esperando uma menina, mas tem uma surpresa, é um meninoooo....Nossa, foi uma emoção, até as enfermeiras ficaram espantadas, o doutor explicou na hora que era o único menino nascendo ali naquele momento, que não tinha como haver engano diante do fato de que esperávamos uma meninas pela interpretação do ultrassom. Que momento mágico, logo o trouxe ao lado de meu rosto, tão sujinho ainda e tão meu, tão pequeno, não tive a menor dúvida que era meu Príncipe Paulo que já tinha nome tão logo soubemos da gravidez, teria nome de santo como na música da "Legião Urbana" e por causa do livro "Paulo e Estevão" que o pai havia lido.
Lembro-me perfeitamente desta imagem dele ao meu lado, minhas lágrimas escorrendo pelo rosto, nossa não conseguia parar de chorar de tanta emoção....é uma imagem tão marcante que se fixa na mente que imagino nem Alzheimer apaga. Logo a notícia se espalhou, a família foi avisada da chegada do nosso querido Paulo Vinícius (o segundo nome só pra lembrar que a última palavra sempre é da mulher rsrs) e foi só alegria na sala de espera!
E ele nem teve roupinha cute de saída de maternidade porque as mais fofas eram cor de rosa, inclusive cestinho e tudo, mas ficou lindo de verde água e amarelinho. E fomos para casa agora com um nova pessoinha, nosso "Ticití Polo", para ensinarmos e aprendermos, juntos!
E lá se foram 20 anos...Ser mãe não é fácil, assim como não é ser filho, é um aprendizado eterno, tenho me esforçado e quer saber, como mãe sou uma ótima amiga e muito feliz por esse filho e amigo maravilhoso em minha vida!!
Um coração de mel de melão, de sim e de não...
É feito um bichinho no sol de manhã...
Novelo de lã no ventre da mãe bate o coração de Paulo...
Obs: Esta era a canção que mais cantava para ele quando bem pequenino....ele adorava!!!
A aventura começa quando você descobre que ser mãe, ter um filho, é muito mais do que ler a revista Pais&filhos!
Foi um dia muito especial, surpreendente, mágico e cheio de emoções, lembro-me como se fosse hoje, primeiro que durante a consulta de rotina a bolsa se rompeu e não foi fácil convencer o médico me deixar ir para casa tomar banho, buscar o pai do rebento e as malas para partirmos, dois marinheiros de primeira e única viagem com a malinha toda caprichada em tons rosas para o hospital onde nasceria nossa princesa que nem tinha nome escolhido, havíamos decidido que somente quando olhássemos o rostinho dela escolheríamos o nome.
O hospital era um luxo, muito além dos nossos padrões, mas o convênio nos permitiu esse luxo por um custo razoável que valeu a pena, parecia um hotel de tão lindo!
Bom....lá fui eu com a enfermeira ou auxiliar, sei lá, para a tal sala pré-parto...Na espera do obstetra, entre depilação, verificação de pressão, dilatação e outras coisinhas chatas, comecei a me deparar com a realidade além das idealizações. Sabe aquela vontade de ser corajosa, papo natureba, mãe moderna (nossa, parto natural é tão antigo, né!) e tal, que quer fazer parto normal? Derreteu "tudim" ali diante da visão de mulheres gemendo de dor conforme aumentava a tal dilatação. E eu só lá pensando que daqui a pouco eu poderia estar ali vivendo na pele aquela cena de novela de época, mas com cenário final século XX num hospital de luxo. Enfim meu médico chegou, verificou minha ficha, constatou a baixa dilatação pessoalmente e decidiu que teríamos que fazer a cesárea! Ah...quase o abracei de tanta alegria, não estava sentindo dor e nem queria chegar no ponto de uma moça logo ali à frente com a "piriquita" pulsando de dor a espera do bebe de parto natural. Francamente, na minha cabeça, dor não é natural, principalmente quando há outra opção.
E lá fui eu para a sala de cirurgia, o pai não assistiu, ficou passando mal (imagine se tivesse assistido) na sala de espera até ser avisado da chegada do bebê, talvez tivesse medo de algo dar errado, já havíamos tido uma gravidez que resultou em aborto retido, estava bem calma apesar de sempre ter temido a tal anestesia e ter inclusive passado mal quando tomei a raquidiana anteriormente. Fui elogiadíssima pelo obstetra que disse que muitas mães dão trabalho na hora do parto com comportamento histérico (juro que me lembrei das mulheres com dor na sala pré parto...sinceramente não sei se seria histeria depois de tanta dor) eu, de minha parte estava felicíssima com minha anestesia entre as vértebras que nem tinha doído tanto quanto dizem doer). O Dr Toshio era ótimo, super descontraído, falamos sobre nossa esperada princesa que ainda não tinha nome, sobre bebês e tal, tudo enquanto ele cortava as camadas de banha...Então às 15:37h nasceuuuuu....o Dr. disse: -Mãe, está esperando uma menina, mas tem uma surpresa, é um meninoooo....Nossa, foi uma emoção, até as enfermeiras ficaram espantadas, o doutor explicou na hora que era o único menino nascendo ali naquele momento, que não tinha como haver engano diante do fato de que esperávamos uma meninas pela interpretação do ultrassom. Que momento mágico, logo o trouxe ao lado de meu rosto, tão sujinho ainda e tão meu, tão pequeno, não tive a menor dúvida que era meu Príncipe Paulo que já tinha nome tão logo soubemos da gravidez, teria nome de santo como na música da "Legião Urbana" e por causa do livro "Paulo e Estevão" que o pai havia lido.
Lembro-me perfeitamente desta imagem dele ao meu lado, minhas lágrimas escorrendo pelo rosto, nossa não conseguia parar de chorar de tanta emoção....é uma imagem tão marcante que se fixa na mente que imagino nem Alzheimer apaga. Logo a notícia se espalhou, a família foi avisada da chegada do nosso querido Paulo Vinícius (o segundo nome só pra lembrar que a última palavra sempre é da mulher rsrs) e foi só alegria na sala de espera!
E ele nem teve roupinha cute de saída de maternidade porque as mais fofas eram cor de rosa, inclusive cestinho e tudo, mas ficou lindo de verde água e amarelinho. E fomos para casa agora com um nova pessoinha, nosso "Ticití Polo", para ensinarmos e aprendermos, juntos!
E lá se foram 20 anos...Ser mãe não é fácil, assim como não é ser filho, é um aprendizado eterno, tenho me esforçado e quer saber, como mãe sou uma ótima amiga e muito feliz por esse filho e amigo maravilhoso em minha vida!!
Um coração de mel de melão, de sim e de não...
É feito um bichinho no sol de manhã...
Novelo de lã no ventre da mãe bate o coração de Paulo...
Obs: Esta era a canção que mais cantava para ele quando bem pequenino....ele adorava!!!
Emocionante, espero um dia sentir essa alegria tbm :)
ResponderExcluirParabéns pelo Filhão Dalva.
bjuss
Minha querida Dalva,
ResponderExcluirEstivemos sumidas uma da outra e fiquei feliz quando vi o seu sorriso e o seu carinhoso comentário lá no Sonhos e Encantos...tava com saudade, viu?
Lindo e emocionante o seu texto e seu querido Paulo deve ter ficado todo feliz...muito lindo mesmo!
Não posso escrever muito pois minha internet está que nem uma tartaruga.Depois voltarei mais, tá?
Bjsssss e feliz feriado,
Leninha
Me emocionei com suas palavras!!Lindo blog!
ResponderExcluirDalva... meus olhos marejaram... Não sou mãe mas consegui, com sua descrição tão rica e detalhada, imaginar, viver cada detalhe... Parabéns por esse presente mais que merecido que é a maternidade.
ResponderExcluirbjs no cuore