Dia Internacional da Mulher, muitas "homenagens" rolando nas redes sociais, um pouco de História, algumas controvérsias quanto a "inspiração" para a criação da data oficial deste dia, se mulheres operárias foram ou não intencionalmente trancadas e queimadas dentro de uma fábrica em 1857 em um tempo onde as questões trabalhistas não deviam ser favoráveis nem mesmo para os homens, quem dirá para o sexo feminino. Quem poderá dizer das intenções em longínquo tempo quando não sabemos das intenções alheias há um segundo atrás?
A verdade é que muitas mulheres lutaram e morreram ao longo da história por condições de igualdade não só em questões operárias, mas também em seus lares onde certamente sofreram como muitas sofrem até hoje vários tipos de abusos, agressões e discriminação. Hoje nós mulheres temos ainda diferenças, mas temos a liberdade de expressar o descontentamento contra possíveis tiranos, podemos procurar ajuda, dar um basta, não sermos subjugadas, podemos eleger quem nos represente e até mesmo sermos representantes.
Podemos dizer sim ou não para um homem tanto na cama como no comportamento e mesmo assim algumas ainda serão covardemente assassinadas por alguns tiranos que se sentem proprietários da mulher, como vemos constantemente acontecer um proporções muito maiores em relação aos homens assassinados por crime passional.
As conquistas não se fizeram ou continuarão a serem feitas da noite para o dia, é preciso luta, sem cronômetro, muitas vezes sem identidade, sem reconhecimento porque a causa é de cada uma de nós, como fizeram nossas antepassadas (inclusive de um passado bem recente) que mesmo não sendo lembradas ou sendo questionadas quanto aos seus comportamentos revolucionários, fizeram uma mudança de comportamento. Fazemos-nos Mulher a cada dia e podemos dizer que todo dia é o dia da mulher.
Acho bacana esta data independente da origem ou inspiração real, desde que desvinculada de consumismo oportunista para dar uma olhadinha e refletir no quanto já caminharam por nós.
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Hoje, ganhei uma rosa enquanto andava pelo centro de São Paulo numa tarde de muito calor...Uma simples rosa morta sem a possibilidade de "viver" um pouquinho mais num copo de geléia com água fresca. Se a levasse para casa chegaria mais parecida com rosas de final de velório, então a depositei num muro próximo à estação São Bento do metrô, talvez assim tivesse um destino melhor.
Ao escrever este texto fiquei pensando...Qual a intenção por trás de entregar uma rosa para mulheres nas ruas? Não dá para saber assim como não dá para quem entregou, saber o fim de cada uma das rosas entregues na mão de cada mulher que ali passava.
E quem por acaso me viu colocando a rosa sobre o muro talvez ficasse pensando qual seria o porquê de minha atitude e provavelmente me julgou, mas não me importo, sou mulher, sou doce, perfumada, tenho espinhos, amo rosas...e sou racional.
A História (humanas) é cheia de intenções desconhecidas ou no máximo supostas.
Dalva Rodrigues
Lindas, não?! Não sei se são rosas embora tenha folhas parecidas com folhas de roseiras. |
Menina com esse calorão, todas as rosas dadas nas ruas, ficaram horríveis, srsr eu também não levaria...
ResponderExcluirTenho dessas aqui em casa, acho que são rosas sim, bem pequetitas né ??
E cheirosas demais !!!
Feliz dia das mulheres atrasado, rsrss
Bjus 1000 lindona
Linda e perfeita reflexão.
ResponderExcluir(e você não tem espinhos... eu pelo menos nuca os vi...rssss)