Assunto do momento é o tal rolezinho, um encontro marcado via redes sociais entre jovens da periferia com a finalidade de se encontrarem em shopping center.
Ok, é de direito do cidadão ir e vir, mas será que esses jovens não podem ir sozinhos, com seus amigos próximos, pais, namorados (as)? Qual a finalidade de se encontrar no shopping com uma "turminha" de centenas e até milhares de pessoas, que na maioria nem sequer se conhecem?
Que tipo de interação pode haver em um encontro assim?
Assistir filmes juntinhos, educadamente quietos e comendo pipocas?
Sentar na praça de alimentação para comer um lanche e bater papo, colocar as novidades em dia?
Ou quem sabe precisam de ajuda da turminha para comprar o tênis cobiçado que custa o valor do seu salário (sim, ao contrário do que falam por aí, as pesquisas mostram que eles trabalham e até ajudam na renda familiar)?
Temos que ter bom senso, shopping não é lugar para encontros gigantescos ou manifestações, por uma simples questão de segurança e conforto dos clientes, dos quais vocês jovens do tal rolezinho fazem parte como indivíduos. Mesmo que não haja a intenção de baderna, jovens juntos sempre provocam algazarra, imagine milhares "juntos" de repente causando tumulto num ambiente fechado, com crianças, idosos, deficientes físicos...
O governador do estado (SP) disse que isso é um fenômeno cultural (queria saber a origem dessa cultura) e que esses jovens devem ser ouvidos (mas não dentro de shopping, né governador). Penso que seria legal esses jovens fazer um role em frente (não dentro) ao palácio do governo para exigir políticas sociais que os contemplem.
Fenômeno cultural...As famílias são obrigadas a deixar de curtir seu lazer para respeitar a "cultura" desses jovens; não podemos (pelo menos quem tem bom senso) levar nossas crianças para assistirem um filme, namorados não podem se encontrar neste local, turmas de amigos de verdade que sempre se encontraram neste tipo de local podem ser barrados pela segurança; jovens correm o risco de perder seus empregos uma vez que os lojistas terão prejuízo tendo que fechar suas lojas nos dias de maior movimento...
Tudo isso por causa do fenômeno cultural, criou-se o direito ao rolezinho "coletivão" em shopping center, em detrimento do direito a segurança e tranquilidade de todos os outros cidadãos.
Na minha juventude dar um rolê era sair com amigos, passear, ir em festas, bailes, cinemas, parques, ir à casa de outro amigo; bater papo na calçada ou no barzinho.
Os tempos mudaram, hoje marcam encontros de blogueiros ou outros grupos virtuais, mas alugam salões, encontram-se em parques, bares, em casa de amigos ou mesmo em shopping, mas em um número adequado ao local. E os amigos vão para se conhecer, confraternizar, tornar real um convívio virtual que já pré existe mesmo que virtualmente.
E alguns dizem que é preconceito, só porque são pobres não podem frequentar um shopping? Obs: quem escreveu este texto é da mesma classe social que os pobrezinhos menosprezados pela sociedade.
Então vamos pensar...
Ninguém é proibido de entrar em shopping, nunca foi, o que não pode acontecer são estes encontros (coletivos, que os normais são saudáveis) serem marcados pela internet em suas redes sociais, por sabe-se lá quem ou com que intenção por trás disso. Proíba e pronto, acabou!
Já pensou se a "moda" pega? Independente da intenção desses rolês abre-se um precedente para que punks, torcidas uniformizadas, skinheads, homofóbicos ou qualquer outro grupo faça o mesmo. O mal corta-se pela raiz antes que se perca o controle da situação, como está acontecendo com a segurança pública neste país.
À vocês, jovens que participam desses "encontros", um desafio:
Quer desafiar a sociedade indo ao shopping da burguesia ( shopping da zona leste não é de "bacana", não!) para se sentir aceito? Vá sozinho, vá com a turminha da sua rua, escola, trabalho, vá com a família, namorada (o).
Ou será que vocês não têm "peito" pra encarar sozinhos a burguesia que vocês tanto almejam?
Mostrem que são jovens inteligentes e não uns bobões manipuláveis que ao desrespeitarem os outros desrespeitam a si mesmos.
E aos políticos, saiam de cima do muro e se posicionem perante a sociedade que vocês deveriam representar.
Dalva Rodrigues
Ok, é de direito do cidadão ir e vir, mas será que esses jovens não podem ir sozinhos, com seus amigos próximos, pais, namorados (as)? Qual a finalidade de se encontrar no shopping com uma "turminha" de centenas e até milhares de pessoas, que na maioria nem sequer se conhecem?
Que tipo de interação pode haver em um encontro assim?
Assistir filmes juntinhos, educadamente quietos e comendo pipocas?
Sentar na praça de alimentação para comer um lanche e bater papo, colocar as novidades em dia?
Ou quem sabe precisam de ajuda da turminha para comprar o tênis cobiçado que custa o valor do seu salário (sim, ao contrário do que falam por aí, as pesquisas mostram que eles trabalham e até ajudam na renda familiar)?
Temos que ter bom senso, shopping não é lugar para encontros gigantescos ou manifestações, por uma simples questão de segurança e conforto dos clientes, dos quais vocês jovens do tal rolezinho fazem parte como indivíduos. Mesmo que não haja a intenção de baderna, jovens juntos sempre provocam algazarra, imagine milhares "juntos" de repente causando tumulto num ambiente fechado, com crianças, idosos, deficientes físicos...
O governador do estado (SP) disse que isso é um fenômeno cultural (queria saber a origem dessa cultura) e que esses jovens devem ser ouvidos (mas não dentro de shopping, né governador). Penso que seria legal esses jovens fazer um role em frente (não dentro) ao palácio do governo para exigir políticas sociais que os contemplem.
Fenômeno cultural...As famílias são obrigadas a deixar de curtir seu lazer para respeitar a "cultura" desses jovens; não podemos (pelo menos quem tem bom senso) levar nossas crianças para assistirem um filme, namorados não podem se encontrar neste local, turmas de amigos de verdade que sempre se encontraram neste tipo de local podem ser barrados pela segurança; jovens correm o risco de perder seus empregos uma vez que os lojistas terão prejuízo tendo que fechar suas lojas nos dias de maior movimento...
Tudo isso por causa do fenômeno cultural, criou-se o direito ao rolezinho "coletivão" em shopping center, em detrimento do direito a segurança e tranquilidade de todos os outros cidadãos.
Na minha juventude dar um rolê era sair com amigos, passear, ir em festas, bailes, cinemas, parques, ir à casa de outro amigo; bater papo na calçada ou no barzinho.
Os tempos mudaram, hoje marcam encontros de blogueiros ou outros grupos virtuais, mas alugam salões, encontram-se em parques, bares, em casa de amigos ou mesmo em shopping, mas em um número adequado ao local. E os amigos vão para se conhecer, confraternizar, tornar real um convívio virtual que já pré existe mesmo que virtualmente.
Role entre AMIGOS anos 70 |
E alguns dizem que é preconceito, só porque são pobres não podem frequentar um shopping? Obs: quem escreveu este texto é da mesma classe social que os pobrezinhos menosprezados pela sociedade.
Então vamos pensar...
Ninguém é proibido de entrar em shopping, nunca foi, o que não pode acontecer são estes encontros (coletivos, que os normais são saudáveis) serem marcados pela internet em suas redes sociais, por sabe-se lá quem ou com que intenção por trás disso. Proíba e pronto, acabou!
Já pensou se a "moda" pega? Independente da intenção desses rolês abre-se um precedente para que punks, torcidas uniformizadas, skinheads, homofóbicos ou qualquer outro grupo faça o mesmo. O mal corta-se pela raiz antes que se perca o controle da situação, como está acontecendo com a segurança pública neste país.
À vocês, jovens que participam desses "encontros", um desafio:
Quer desafiar a sociedade indo ao shopping da burguesia ( shopping da zona leste não é de "bacana", não!) para se sentir aceito? Vá sozinho, vá com a turminha da sua rua, escola, trabalho, vá com a família, namorada (o).
Ou será que vocês não têm "peito" pra encarar sozinhos a burguesia que vocês tanto almejam?
Mostrem que são jovens inteligentes e não uns bobões manipuláveis que ao desrespeitarem os outros desrespeitam a si mesmos.
E aos políticos, saiam de cima do muro e se posicionem perante a sociedade que vocês deveriam representar.
Dalva Rodrigues
Dalva
ResponderExcluirPenso igual à voce, e parabens pelo texto.
Beijos, amiga
Excelente texto Dalva!
ResponderExcluirbjss
WOwwwwwwwww... como sempre sua crítica é lúcida, isenta, clara e pertinente... Adoro ler seus textos Dalva... Parabéns pela análise tão acurada!
ResponderExcluirExcelente texto, Dalva!! Como sempre, cheio de bom senso e equilíbrio!! Parabéns!
ResponderExcluirDalva, onde assino ??
ResponderExcluirVc sempre coerente, adorooooooooo !!!
Bjus 1000 sua linda e obrigada pelo carinho no meu niver !!!
Oi Dalva, é a Vi,o rolezinho já causava problemas, quando "politizaram" o tal rolezinho, passou ser um inferninho.
ResponderExcluirSabe como é, tempo de eleições temos que desacreditar o atual governo para eleger o emu candidato, e quem paga o pato é sempre o povo, que se vê privado dos seus direitos básicos.
Quando o povo começar enxergar quem realmente cria esses "fenômenos culturais", quem esta por trás das greves, das quebradeiras, das manifestações e etc, vai com certeza, votar muito melhor.
Muitos beijos,Vi
Tuas colocações são perfeitas,Dalva. Concordo com elas! bjs, chica
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