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31 de ago. de 2011

Minha Vida em Poesia

À noite a menininha usava a imaginação
Sombras nas paredes, luz de lampião.
Lá fora o grilo cantava
E cantava com o pai
Que causos contava
E ela assim pelo mundo vai.
De manhãzinha ainda na cama
O cheiro de café no ar
No rádio, moda de viola sempre a tocar
Todos vão trabalhar,
Menos a vó que dizia:
-Levante menina, vá brincar!

A menina cresceu
Foi à escola aprender.
Dos livros aprendeu a gostar
Mas não gostava muito de estudar.
Boné na cabeça, o mundo para conquistar
Ah, como era boa a vida de muleca de rua:
Bolas, pipas, figurinhas, brincadeiras...
E música sempre no ar.
Na cozinha o cheiro de bolo de fubá
A figura da avó!
Veio-me o gosto para cozinhar.

A moça tímida camuflada
Perdeu o tempo certo de namorar
Se é que para isso tempo há
Ficava na rua a brincar.
E que grande bobagem,
A pretesto de trabalhar
Deixou de estudar
Sem saber que a vida dá
Aquilo que vamos buscar.
E a jovem fez a triste escolha
Junto à mãe o mundo foi enfrentar.

O primeiro grande amor
Veio a despedida...dor.
Voltou a estudar
Queria o mundo libertar.
Quis dar uma chance ao amor
Tentou.
Novamente o estudo abandonou.
Um horizonte mais amplo não enxergou.
Casou.
Veio a maternidade junto à maturidade
Sentiu na existência daquele ser
O significado de viver.
Novas escolhas...
Foi mãe.
Na infância do pequeno
Com ares modernos, sua própria reviveu.
Cada gesto foram laços
Não faltaram abraços!

O tempo passou, sentiu-se só
Nem a música soou.
Amor deveria ser partilhar...
E não sendo, melhor acabar
O que acabado já está.

É tempo para recomeçar
Voltou a estudar
Música no ar
Quer o mundo abraçar!
Como o poder de poesia,
Muitos contos pode narrar.
 Obs: O tema desta poesia foi sugestão da pro Nilu.

Postagem original:  Publicado em: 12 de julho de 2009 às 12:58

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