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23 de ago. de 2015

Flores e funerais

Zé nasceu ninguém
Este seria seu fim?
Amava flores com alguém
Cuidava delas como ninguém
Sempre vivas no jardim.

João nasceu alguém
Tinha os meios para o fim.
Amava flores como ninguém
Mas sempre mortas 
Em ricas mesas postas.

Entre flores e decoração
João a fortuna triplicou
Empregou o jardineiro Zé ninguém
Que entendia a alma das flores 
Nomes, perfumes e cores.

Feliz morreu João
Exóticas flores mortas
Enfeitaram seu caixão.

Feliz morreu o Zé
Em seu último jardim
Plantaram flores vivas
Onde cantava o passarim.

Pelos meios da vida
A condição é ser feliz.
Alguém ou ninguém
São iguais no mesmo fim.


Dalva Rodrigues




Travis é uma bando super bacana!

Flores na janela, ser feliz à sua maneira e ter saúde é o que desejo para todos!

Obs: Este poema escrevi para participar de um concurso (não consegui classificação), o tema foi inspirado na postagem  Rubem Fonseca, a inspiração que veio de longe no delicioso blog Luz de Luma, yes party! Fiquei um pouco chateada, mas vou tentar melhorar e continuar tentando... "O caminho só existe quando você passa"- Skank

2 comentários:

  1. Pois eu adorei o poema e falas bem das diferenças de vida, um afortunado, outro jardineiro, mas com o fim igual, a diferença apenas nas flores...E eu prefiro as vivas pra enfeitar minha morte..De morta, chega eu, naquela hora,rs..

    E deves continuar escrevendo, poetando, pois há quem julgue sem nada entender!" Não podes desistir! Se vale o meu voto, és vencedora... beijos, tuuuuudo de bom,chica

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  2. Oi Dalva, é a Vi, eu amei, eu imagino porque não tenha sido classificada, as pessoas não gostam de falar sobre morte, mas essa é a unica certeza que temos , a morte não discrimina ninguém..
    Muitos beijos,Vi

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