Eles andavam pelo bairro, corpos desgastados pela vida dura, pela cachaça, vermelhos de sol.
Algumas vezes sóbrios, na maioria não.
Os dois amigos perambulavam pelas ruas em busca de alguém que lhes dessem um prato de comida, roupas ou uns trocados por pequenos fazeres como carpir mato, carregar entulho, uma vez que na periferia quase todos não podem pagar para descartar de forma correta.
Se paga, falta o dinheiro da água, da luz, do pão ou do IPTU.
Sorte dos catadores?
Azar da sociedade?
O entulho poderia ser queimado poluindo o ar, nunca se sabe que casa tem um idoso ou criança com doença respiratória.
Ou quem sabe ficar entulhado nos quintais renderia uns perigosos escorpiões e aranhas para compartilhar com toda vizinhança, também não é uma boa ideia.
Mas para alegria de nossos protagonistas, o descarte na maioria das vezes vai para uma calçada qualquer e a prefeitura vem recolher depois de um tempo,depois que os vizinhos reclamam.
Talvez o caminho da solução seja outro, o qual ignoramos ou fingimos ignorar.
Eles não questionam, simplesmente existem.
Foi um dia especial, Adelino e Manuelzinho encontraram dois sofás de couro desgastados pelo tempo, dispostos na calçada em frente a casa estilo anos 70, provavelmente deixado pelos donos da casa para que alguém pegasse para reformar, estrutura de madeira boa, uma reforma os deixariam lindos, valeria a pena.
Olharam-se com cumplicidade e não pensaram duas vezes.
Sentaram-se. A alegria invadiu os semblantes vazios, sentiam-se como cidadãos dignos de uma sala de estar particular, ao ar livre, nada de papelões e muretas fedidas.
Um confortável par de sofás e uvas rosadas pendendo em lindos cachos pelo muro ao lado compondo o lúdico cenário.
Era como se dissessem: -Pessoas, olhem para nós!
Entre um cigarro e um gole de cachaça eles conversaram por horas enquanto os transeuntes passavam olhando a cena pitoresca.
Assim como nós em nossas próprias salas de estar, sob um teto aconchegante dividimos cervejas e um café com amigos e família, eles socializaram o momento oferecido pelo destino.
Aliás, eram duas cenas pitorescas, em ritmo amoroso, um casal de borboletas acasalava despudoradamente ao lado do sofá em plena luz do dia.
Poucos as observaram.
As horas passam, os amigos confabulando, as borboletas curtindo o sexo explícito na calçada, em pura ingenuidade da natureza, sem se preocuparem se poderiam ser esmagadas ou chamadas de promíscuas.
Depois de umas três horas de transa as borboletas lutaram (ou algo parecido) para se desprenderem e ao final da batalha só restou uma, morta, no passeio público.
Finda a união que parecia tão duradoura.
Não sei quanto tempo os sofás ficaram expostos e seus convidados puderam aproveitar.
A vida não traz presente todo dia, nem amor.
Outro dia Vi Adelino deixando uns cacarecos no conhecido lugar de descarte, um homem passou de carro, ralhou com ele e olhou para mim como que esperando validar sua atitude de bom cidadão ao criticar o pobre coitado.
Fiquei quieta, qual seria o ângulo que ele queria que eu visse para aprová-lo em sua indignação pelo catador malvado?
-Adelino, e o Manoelzinho? -Faz tempo que não o vejo.
-Arrumou emprego por uns mêis no canteiro de obra de um condomínio, tava bom, pouca cachaça, aí a construção acabou e ele não conseguiu outro emprego.
-Pegou o dinheiro da indenização, avisou a famía que iria pra sua cidade no nordeste, estava com saudade da filhinha, havia de conseguir um emprego por lá, mió que carregá peso na cacunda por uns trocados.
- Mas foi triste dona, a notícia correu que ele levava dinheiro, esperaro ele, robaro e fizero judiera com o pobre.
-A última coisa que soube é que ficô acamado e bobo das ideia.
-Que tristeza, a esperança durou tão pouco.
-Cuide-se Adelino, e não fique triste com o comentário do rapaz, certamente ele não consegue vestir a sua pele para compreender seu "trabalho".
Segui meu caminho lembrando deles sentados na sala de estar ao ar livre, felizes.
Algumas vidas são mais efêmeras que outras, tão frágeis em sua invisibilidade como as borboletas.
Aproveitam as felicidades do acaso antes que as esperanças acabem em uma calçada qualquer.
Dalva Rodrigues
13/06/2019
Algumas vezes sóbrios, na maioria não.
Os dois amigos perambulavam pelas ruas em busca de alguém que lhes dessem um prato de comida, roupas ou uns trocados por pequenos fazeres como carpir mato, carregar entulho, uma vez que na periferia quase todos não podem pagar para descartar de forma correta.
Se paga, falta o dinheiro da água, da luz, do pão ou do IPTU.
Sorte dos catadores?
Azar da sociedade?
O entulho poderia ser queimado poluindo o ar, nunca se sabe que casa tem um idoso ou criança com doença respiratória.
Ou quem sabe ficar entulhado nos quintais renderia uns perigosos escorpiões e aranhas para compartilhar com toda vizinhança, também não é uma boa ideia.
Mas para alegria de nossos protagonistas, o descarte na maioria das vezes vai para uma calçada qualquer e a prefeitura vem recolher depois de um tempo,depois que os vizinhos reclamam.
Talvez o caminho da solução seja outro, o qual ignoramos ou fingimos ignorar.
Eles não questionam, simplesmente existem.
Foi um dia especial, Adelino e Manuelzinho encontraram dois sofás de couro desgastados pelo tempo, dispostos na calçada em frente a casa estilo anos 70, provavelmente deixado pelos donos da casa para que alguém pegasse para reformar, estrutura de madeira boa, uma reforma os deixariam lindos, valeria a pena.
Olharam-se com cumplicidade e não pensaram duas vezes.
Sentaram-se. A alegria invadiu os semblantes vazios, sentiam-se como cidadãos dignos de uma sala de estar particular, ao ar livre, nada de papelões e muretas fedidas.
Um confortável par de sofás e uvas rosadas pendendo em lindos cachos pelo muro ao lado compondo o lúdico cenário.
Era como se dissessem: -Pessoas, olhem para nós!
Entre um cigarro e um gole de cachaça eles conversaram por horas enquanto os transeuntes passavam olhando a cena pitoresca.
Assim como nós em nossas próprias salas de estar, sob um teto aconchegante dividimos cervejas e um café com amigos e família, eles socializaram o momento oferecido pelo destino.
Aliás, eram duas cenas pitorescas, em ritmo amoroso, um casal de borboletas acasalava despudoradamente ao lado do sofá em plena luz do dia.
Poucos as observaram.
Juntas até que a morte as separem |
Depois de umas três horas de transa as borboletas lutaram (ou algo parecido) para se desprenderem e ao final da batalha só restou uma, morta, no passeio público.
Finda a união que parecia tão duradoura.
Não sei quanto tempo os sofás ficaram expostos e seus convidados puderam aproveitar.
A vida não traz presente todo dia, nem amor.
Outro dia Vi Adelino deixando uns cacarecos no conhecido lugar de descarte, um homem passou de carro, ralhou com ele e olhou para mim como que esperando validar sua atitude de bom cidadão ao criticar o pobre coitado.
Fiquei quieta, qual seria o ângulo que ele queria que eu visse para aprová-lo em sua indignação pelo catador malvado?
-Adelino, e o Manoelzinho? -Faz tempo que não o vejo.
-Arrumou emprego por uns mêis no canteiro de obra de um condomínio, tava bom, pouca cachaça, aí a construção acabou e ele não conseguiu outro emprego.
-Pegou o dinheiro da indenização, avisou a famía que iria pra sua cidade no nordeste, estava com saudade da filhinha, havia de conseguir um emprego por lá, mió que carregá peso na cacunda por uns trocados.
- Mas foi triste dona, a notícia correu que ele levava dinheiro, esperaro ele, robaro e fizero judiera com o pobre.
-A última coisa que soube é que ficô acamado e bobo das ideia.
-Que tristeza, a esperança durou tão pouco.
-Cuide-se Adelino, e não fique triste com o comentário do rapaz, certamente ele não consegue vestir a sua pele para compreender seu "trabalho".
Segui meu caminho lembrando deles sentados na sala de estar ao ar livre, felizes.
Algumas vidas são mais efêmeras que outras, tão frágeis em sua invisibilidade como as borboletas.
Aproveitam as felicidades do acaso antes que as esperanças acabem em uma calçada qualquer.
O fim do êxtase |
Dalva Rodrigues
13/06/2019
Boa noite de paz, querida amiga Dalva!
ResponderExcluirQue post denso! Cheio de materia para varias reflexoes.
Uma delas e:
"Eles não questionam, simplesmente existem."
Para mim, isso seria vegetar...
Para voce, ficou bem claro que tambem.
Em outra ordem de coisas:
Olharam-se com cumplicidade e não pensaram duas vezes.
Tao bonito quando a cumplicidade (boa) existe!
Mais uma que me chamou atencao:
"A vida não traz presente todo dia, nem amor."
Agora, os dois ultimos paragrafos, estao aureos para seu texto tao lucido e bem escrito
Suspirei... Ainda bem que a esperanca nao morre jamais!
Tenha dias felizes!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
P.S. agora, relendo meu comentario, posso ver algo sob outro angulo...
Excluir"Eles não questionam, simplesmente existem."
Ha tambem o fator que tem pessoa que nao vive e so pensam que vivem ou morrem de tanto pensar e se esquecem de viver...
Parabens pelo texto, querida!
Oi Roselia, obrigada pela leitura e comentário com sua interpretação particular.
ExcluirHá tantas realidades neste mundão, não é mesmo!?
E todas elas possuem vários ângulos de compreensão, obrigada por deixar a sua neste espaço! bjs
Foi o que fiz por saber que posso pois e uma pessoa aberta por ser intelligente.
ExcluirObrigada por me compreender.
Bjm carinhoso e fraterno
Eu que agradeço, amiga Roselia, mais ângulos observamos, mais crescemos no intuito de compreender as coisas da vida bjs
ExcluirOlá, Dalva!
ResponderExcluirÉ mesmo assim essa vida, a vida de todos os seres viventes. Não sabemos nada de nada, mas temos certeza que sabemos ao menos o suficiente: só que não! Uma sopro e já não seremos mais nada...Temos receitas, dicas, sugestões e conselhos para bem viver, tudo inútil! Quem dera que fôssemos como as borboletas...
Texto bom pra gente refletir e rever nossos conceitos de felicidade, de justiça, de amor ao próximo e também sobre a vaidade.
Um abração e não demora muito, tá?
Oi Sandra! É isso que penso e tentei expressar nessa crônica em uma mistura de fatos que observo por aí.
ExcluirVou esforçar para conseguir me concentrar para escrever.
Obrigada pela presença e comentário, ótima sexta de luta! bjs
Passando pra desejar a você uma muito boa semana, Dalva!
ExcluirOI Dalva, gostei da história dos amigos. Fiquei imaginando os dois sentados no sofá conversando. Fiquei triste por Manoelzinho. Ótimo texto cheio de emoção.
ResponderExcluirbeijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook
Oi Chris! O seu Manuelzinho é inspiração real, muito triste mesmo,
ExcluirObrigada pela leitura e comentário! bjs
Dalva, li ontem à noite, mas não pude comentar...
ResponderExcluirQue maravilhosa história essa do Manuelzinho e Adelino que levavam a vida do jeito deles, ganhando hoje pra comer ( OU BEBER) à noite... Há tantos assim...
E deu pra sentir a alegria da cena dos dois felizes sentados em seus sofás, numa sala de estar ao céu aberto. E ainda, a visão do amor das borboletas que infelizmente, uma voooooou pra sempre!!
Gostei muito e temos mesmo que aproveitar a efemeridade da vida... LINDO! Valeu esperar! beijos, tudo de bom,ótimo fds! chica
Oi Chica! Eles sempre conseguem o dinheiro para a "marvada" ou alguém paga. Acho que é a prioridade para a maioria nesta situação, para sobreviver nesse mundo hostil estando sóbrio deve ser tarefa quase impossível. E reparou na cor das borboletas, azul marinho coisa mais linda!
ExcluirObrigada pela leitura e comentário, sempre querida, me incentivando (se não me cutucam eu paro hehehe) Ótima sexta, bjs
Olá, Dalva, sua história é linda, e lembrei-me de uma que vi há 3 dias, um documentário na televisão. Nos EUA tudo que os americanos não querem mais, colocam na calçada. E colocaram uma mesa, sofá e cadeiras, assim quem quiser, pega. Duas meninas, emigrantes, ficaram eufóricas, riam demais por que levariam o sofá, a mesa e cadeiras para montarem seu apartamento de 1 dormitório. A euforia delas dava pena. E ficaram pensando como levariam aquilo para o apartamento! Muito comovente a tentativa de levarem, mas não tinha força para o sofá, e se levassem a mesa, outros poderiam pegar o sofá! E apareceram uns rapazes que ajudaram. Sua história me lembrou dessa, claro, sem as borboletas e sem a sala a céu aberto. Mas a felicidade deve ter sido a mesma.
ResponderExcluirBeijo, um ótimo fim de semana!
Que bacana, não é Tais, não seve para mim mas serve para outro! Bem que poderíamos fazer o mesmo por aqui nem que fosse um sábado por semestre, colocar os objetos para circular e ainda por cima seria uma forma de socializar com a vizinhança, conversar sobre as necessidades do bairro, etc.
ExcluirA bolha em que vivemos é cheia de medo e egoísmo.
Obrigada pela visita e comentário, bjs
Pois é, um país tão grande e rico, mas carente como o nosso povo, poderíamos minimizar o problema dos outros e colocarmos na calçada umas coisinhas...(por um dia apenas). Mas seremos multados.
ResponderExcluirBeijo!
Olá, querida Dalva,
ResponderExcluirEis aí uma estória despretensiosa e simples, porém cheia de significados e motivos para reflexões. Fui acompanhando o 'episódio' da alegre descoberta do sofá, pelos dois amigos e, ao mesmo tempo, tendo lampejos mentais de conceitos como desigualdade social, exclusão, truculência e insensibilidade, por parte daqueles que se julgam perturbados pelos que estão à margem. E, no meio disso tudo, a delicadeza das borboletas e do acasalamento delas, culminando com a constatação da brevidade da vida - das borboletas e também dos seres humanos. Gostei!
Um beijo
Oi Marly, sempre uma alegria vê-la por aqui, espero que tudo esteja bem por aí!
ExcluirObrigada pelo comentário sensível, bjs
Oi, Dalva. Boa tarde!
ResponderExcluirEu coloquei as minhas publicações em modo rascunho porque aconteceram uns probleminhas...
Um abraço e bons dias com alegria.
Entendi, Sandra, bjs!
ExcluirOlá Dalva, td bem?
ResponderExcluirAdorei o seu texto, ele reflete bem a nossa realidade e como o nosso país é injusto e sem oportunidades para os menos favorecidos. Não sabemos se um dia isso irá mudar, mas se fizermos a nossa parte já é um bom começo! Aproveito para agradecer o seu comentário no blog e dizer que concordo com vc, infelizmente vivemos tempos de muita intolerância e violência, mas de alguma forma temos que lutar contra isso. Precisamos de muito mais amor, solidariedade e sensibilidade.
Te desejo um ótimo feriado!
Bjos
Obrigada, Alécio! Fiquemos na esperança de descobrirmos um caminho mais suave para todos!
ExcluirUm bom feriado para você também! bjs
Bom dia Dalva,
ResponderExcluirUm texto bem interessante, mesmo em pouco espaço de tempo, ambos sentiram-se cidadãos em suas salas, deram para os seus momentos de carência felicidade plena, enquanto nós sob teto com conforto e aconchego ainda reclamamos da vida. Há que se reverter o olhar indiferente para um olhar mais humano.
E as borboletas, não sabia que um morre após acasalamento!
Parabéns pelo texto reflexivo.
Bom final semana com muita paz.
Bjss
Oi Diná, é mesmo de se pensar nossas reclamações...Na verdade eu não sei se a morte da borboleta está relacionada ao acasalamento, mas é uma possibilidade entre os perigos da natureza e das "pegadas" humanas.
ExcluirÓtimo domingos, bjs
Amei o texto, muito reflexivo e mostra a vida dos brasileiros anônimos por aí. No bairro em que eu trabalho tem muitos catadores que vivem a sonhar por dignidade que, infelizmente, nunca chega, porém, não perdem a alegria de viver.
ResponderExcluirBeijos carinhosos!
Obrigada, Lucia, o mundo poderia ser melhor para todos, se todos tivessem o mínimo de dignidade.Bom domingo, bjs
ExcluirPassei para ver as novidades...
ResponderExcluirDeixo um beijo e bom fim de semana, amiga!
Obrigada pela visita, Tais! Logo sai nova postagem, espero.
ExcluirBom final de domingo, bjs
Oi Dalva!
ResponderExcluirUma história linda podendo ser de desesperança como podemos ver na realidade que nos cerca, pessoas vivendo.do que nâo nos serve mais.Ao mesmo tempo, a cumplicidade dos dois personagens é tocante, conseguem numa parceria inusitada tornar feliz um momento que pareceria improvável se analisado num contexto mais frio.
Já te falei que tens um dom maravilhoso para a escrita né amiga? (Tantas vezes que já estou repetitiva)
Abrs
Zilani, querida, obrigada pela visita e comentário gentil! Elogios despretensiosos e críticas construtivas nunca são demais, fico morrendo de vergonha, mas muito alegre. Bjs
ExcluirOi, Dalva!
ResponderExcluirPassei na chica e li seu comentário que talvez fosse postar hoje, entao resolvi passar pelo teu blog...
Aproveito pra desejar um segundo semestre muito bom pra você.
Beijos, amiga!
Oi Dalva, como sempre seus textos são cativantes, eu pensava sobre a questão que você levantou no texto na semana que passou, o angulo que as pessoas veem os fatos, um dia conversando com uma vizinha ela falou que não gostava de se relacionar com a pessoa X, porque achava ela fútil, a pessoa X, trabalhava, tinha um casamento estável, filhos na faculdade e ela gostava de viajar e viajava; dia desses encontrei com a vizinha e ela disse que ia estudar no exterior, financiada pelo pai, eu fiquei pensando sobre o que é ser fútil para essa criatura, tenho impressão que antes da internet havia um padrão ético e moral mais definido, as pessoas sabiam o significado das coisas, e olhavam mais o seu comportamento antes de julgar o comportamento alheio, hoje em dia esta todo mundo confuso, se o vizinho esta feliz por poder usufruir do seu trabalho, é fútil; se explorar pais idosos, não é fútil.Não esta facil.
ResponderExcluirAmei o texto, muitos beijos,Vi
Oi Vi! Hoje em dia as pessoas sabem muito mais do que o necessário sobre a vida um dos outros, as redes sociais abriram esse limite de privacidade. Infelizmente o achismo sobre os atos dos outros virou rotina, como se isso acrescentasse alguma coisa na própria vida.
ExcluirObrigada pelo comentário, carinhoso, bom domingo proceis!