A boia catada.
A boia doada.
Quando geme a barriga
Qualquer resto é o prato do dia.
A boia aquecida
Na lata descartada.
O sebo viscoso
Alimento precioso.
A mesa está posta
Na calçada exposta.
Pequena porção
Que se come calado
sentado no chão.
Hoje tem pão e macarrão.
Amanhã conta com compaixão.
Ninguém abre seu portão
Oferece um trabalho
Ou ajuda para sair da escuridão.
A noite é fria.
Hoje a boia não veio.
O bucho ronca.
A cachaça esquenta.
Não vê a lua no céu
Nem uma estrela a guiar.
Dorme.
Sonha com o mar:
A boia.
Miragem no alto mar
Esperança do náufrago desvalido
Braços esquálidos a remar
Pele ardente, corpo ferido
É preciso remar
A boia alcançar
Rema, rema...
Desperta na cama de papelão.
Não vê o mar.
Um sonho, uma ilusão.
Não vê gente.
Não há resgate.
Nenhuma boia.
Hoje, nada o acode.
*boia é termo popularmente conhecido em algumas regiões do Brasil como marmita, comida simples, etc.
Dalva Rodrigues
17/04/20
Com menor circulação de pessoas não esqueçamos que a oferta de alimentos às pessoas em situação de rua é menor, alguns têm medo de chegar perto.
E as noites já estão mais frias.
Quando possível, ofereça uma boia.
Radiohead - No Surprises
SEM SURPRESAS - Tradução da letra da música acima
Um coração que está cheio como um aterro
Um emprego que lentamente te mata
Feridas que não irão cicatrizar
Você aparenta estar tão cansado e infeliz
Derrube o governo
Eles não, eles não falam por nós
Eu vou levar uma vida tranquila
Um aperto de mão de monóxido de carbono
Sem sustos e sem surpresas
Sem sustos e sem surpresas
Sem sustos e sem surpresas
Silêncio, silêncio
Este é meu ajuste final, minha dor de barriga final
Sem sustos e sem surpresas
Sem sustos e sem surpresas
Sem sustos e sem surpresas, por favor
Uma casa tão bonita e um jardim tão bonito
Sem sustos e sem surpresas, (tire-me daqui)
Sem sustos e sem surpresas, (tire-me daqui)
Amiga Dalva,
ResponderExcluirSão em tempos assim, quais vivemos hoje, onde nossas retinas fatigadas pelo medo, muitas vezes esquecem de olhar para o todo... Que eu lhe digo, até com certa satisfação, que muito tenho me surpreendido, com ações de benevolência, vindas de gente como a gente, que se preocupa com aqueles que menos possuem hoje (em tempos pandêmicos) e que obviamente, terão menos ainda, após este “período de guerra apocalíptica”.
O “Coronavoucher” do governo (no total de R$ 1.800,00), não resolve quase nada. E o pior, é que essa conta do desespero de todos, um dia será cobrada, não se iludam aqueles que acham que não.
Gostei muito da tua postagem.
Beijos! Bom final de semana! E cuide-se!!!
Obrigada,Doug, tem razão, a conta será será cobrada, nunca se teve vontade política suficiente para mudar a desigualdade, a partir de agora é necessidade política que deve mover os governantes e cidadãos. bjs
ExcluirSem dúvida que atualmente já existe quem tente se agarrar a qualquer boia. Não interessa qual. Viver em afastamento social, confinamento, estabelecimentos fechados, desemprego, corte nos rendimentos, homens e mulheres com os filhos em casa - o que não deixa de ser bom mas que causa um choque térmico terrível - faz com que, se procure essa boia e, qual noite escura, não se encontra
ResponderExcluirGostei muito do poema. Trocadilhos em palavras que nos transportam para uma boia imaginária
E o "mar" ainda parece estar tão alterado e bravio
Feliz fim de semana
Ricardo, não tinha pensado sob essa perspectiva (faz todo sentido), por isso a escrita e suas interpretações são fascinantes. Obrigada por enriquecer o post, adorei, bjs
ExcluirMaravilhosa tua poesia ,Dalva e versos fortes, falam tanto! Tantos à espera da bois que não chega, pois o restaurante que dava fechou, Ninguém quase nas ruas... Ainda bem temos anjos com pés no chão e fazem trabalhos maravilhosos que aliviam essa necessidade,pelo menos um pouco! Que falte tudo, menos a boia pra alguém..É triste demais! Adorei o post e o jogo palavras bem formado ! beijos, lindo fds, aqui ainda EM CASA! chica
ResponderExcluirObrigada, chica, neste momento estes estão muito mais vulneráveis mesmo, todo olhar é bem-vindo!
ExcluirSe poder continue em casa o máximo possível mesmo, estou saindo uma vez por semana, vapt vupt e bem cedinho. E que não falte boia para ninguém, bjs
Lindo e muito sensível sua poesia! Quantos irmãos nossos estão nessa situação de carência material, com o bucho roncando de fome, abandonados a situação frágil de contaminação e carente de sentimentos e dignidade.
ResponderExcluirBeijos afetuosos!
Lucia, resumiu perfeitamente, é isso, tudo isso, amiga! bjs
ExcluirMe lembrei do termo "boia fria"...
ResponderExcluirQuando eu morrer quero dizer o mesmo que disse Frida Kaloo: "espero nunca mais voltar "!
Adoro a vida, amo a existência, mas uma vez já tá de bom tamanho rss! Se Deus quiser, eu vou viver algumas coisas que não vivi, espero que Ele queira, mas o controle não está em minhas mãos.
Penso que tudo está fora do controle no mundo, ou como disse o general Mourão: "está tudo sob controle, só não sabemos de quem"
Que não falte um prato de alimento pra ninguém...
Um abraço, Dalva! 🌷
San, essa da Frida é ótima, endosso o time de vocês.
ExcluirAs vezes ouço alguém falar de quem morreu: fulano está lá olhando para você, cuidando....Misericórdia, quero que qdo morrer, esteja tudo definitivamente acabado, perpetuar essa loucura toda seria muito ruim, para mim um verdeiro inferno saber das coisas dos vivos.
EStá tudo sob descontrole, explícito.
Temos que ser felizes com o que temos, amiga, podemos até desejar, mas não ser dependente de sonhos. bjs
Os moradores de rua... que poema profundo, forte, Dalva. Tenho visto poucos daqueles moradores que ajudo, pois pouco saio, mas imagino como devem estar. Ontem vi na televisão que montaram em um grande ginásio daqui, colchões para dezenas de moradores de rua, lençol, travesseiro, ducha para tomarem banho e comida, pois além desse vírus, o inverno não tarda aqui no sul. De certo modo fiquei contente, é isso que tem de ser feito, no mínimo, e em várias partes do estado. Recolher essa gente sofrida, sem ilusão alguma. Várias pessoas dos prédios vizinhos sempre desciam para dar-lhes uma ajuda.
ResponderExcluirTomara que tudo volte ao normal, que se arrume o que precisa ser arrumado, a coisa está muito triste.
Um beijo, amiga, um bom domingo e cuide-se.
Obrigada, Tais, aqui em São Paulo, por conta do desemprego já havia aumentado muito o número de pessoas em situação de rua, inclusive famílias, que sem emprego e casa própria, acabam indo morar nas ruas...algumas dispersas para "limpar" as fachadas da cidade e espalhadas para as periferias.
ExcluirQue bom que há ajuda assistencial ainda mais agora e quando tudo terminar tenhamos um olhar mais humano para os miseráveis, um pouco mais de luz. No momento a boia pra matar a fome é valiosa. Bjs
Boa Noite de sábado, querida amiga Dalva!
ResponderExcluirTenho sentido tanta compaixão pelos moradores de rua (não só agora, claro) e já fiz trabalhos pastorais neste sentido.
Hoje, muito pior por causa da pandemia.
Aqui na minha cidade, ou melhor no meu Estado ainda mais, estamos tomando muitas medidas de solidariedade e, ao ler seu poema e o post como um todo, vi situações ao longo da vida, como por exemplo, pessoas comendo lixo onde morei em Petrópolis, tirando da lixeira literalmente e outros...
O mundo está do avesso e muitos não têm boia suficiente para encher um pedacinho do vácuo do estômago que não aguenta mais esperar, amiga.
Excelente seu post em todos sentidos.
Um raciocínio lógico você teve do início ao fim. Parabéns!
Tenha uma nova semana abençoada!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Obrigada, Roselia! Esse universo marginalizado de nossa sociedade é muito triste, toda ajuda sempre será bem-vinda, em qualquer tempo. Bjs
ExcluirBom dia, Dalvita,
ResponderExcluirQue coincidência estarmos pensando nos mesmos temas! Eu explico: nesses dias de provação que estamos vivendo, tenho me lembrado muito dos versos do Chico Buarque (da canção "Deus lhe pague":
"Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer, e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague…"
Dias atrás tive que sair para fazer exame. Então vimos de perto as novas dificuldades dos mais vulneráveis (guardadores de carro e etc.), nesses tempos de coronavírus. Eu até pedi ao meu marido que desse uma graninha extra ao rapaz que vigiou o nosso carro.
Mas... sabe? Atualmente muitos de nós também nos tornamos vulneráveis... ou pelo menos... entramos numa situação de risco real de morte. Basta ver as notícias para perceber isso...
Beijo e bom domingo
Marly, essa letra é forte, amo...tudo a ver!
ExcluirAS pessoas estão se virando como podem e os cegos do castelo fazem de conta que o perigo não existe (desde que não sejam eles a colocarem o corpo na linha de frente).
Tenho saído uma vez por semana e morrendo de medo do que possa ter trazido para casa, apesar de todos cuidados, uma loucura.
Que bom que pagou um pouco mais, pode ter garantido uma refeição, toda ajuda é importante. bjs
Ah, eu acabei cortando uma parte do comentário, parabéns pelo poema sensível e preciso!
ResponderExcluirObrigada, querida!
ExcluirDalva, meu amor. Você está cada vez
ResponderExcluirmelhor, hein! Gosto de interpretar suas
palavras pois através delas entendo
sua alma. (quem me dera ter
tal poder).
Vou aproveitar o dia de hoje pra "ficar
em casa", até porque hoje é domingo
(risos)
Beijos e bom dia de quarentena.
Meu amigo, sempre gentil! Sou pessoa simples, Silvio, transparente, me descreveria em pouquíssimas linhas, escrevo o que penso só para os pássaros voarem, é para isso que eles existem. Tá todo mundo aproveitando o domingo em casa hehehe e ainda tem feriado para ficar em casa, escreva bastante, os leitores agradecem... Bjs
ExcluirMinha querida amiga Dalva
ResponderExcluirAs bóias também me levam aos refugiados que, assim como os nossos"refugiados" da vida, alijados de seus fundamentais direitos, percorrem terras e mares e, muitas vezes só lhes resta uma boia, no sentido literal da palavra, para se agarrarem à esperança de vida.
Sempre que vejo aquelas multidões caminhando em um infindável êxodo... sempre que vejo os nossos milhares de moradores que hoje nomeiam como "em condição de rua", o que sinto é igual...e a hipótese de que surja uma bóia de salvação martela em minha cabeça. Esta pandemia só fez com que entrassem de uma vez por nossas "janelas" abertas esfregando em nossa cara uma realidade que se teimava em colocar debaixo dos luxuosos tapetes dos palácios, onde se abrigam as nossas autoridades.
E a boia, alimento, comida, marmita, só a iniciativa de �� anjos protetores pode fazer chegar as bocas destes miseráveis habitantes destas plagas brasis. E , ainda bem que existem, minha querida, para pelo menos uma porção deles...
O que nos restará após este tsunami? Só Deus sabe...
Leninha, gostei das reflexões, apesar das verdades importantes estarem sendo esfregadas em nossa cara, como disse, não sei se a maioria se tocará...parece até que a dor tem que ser certeira na pele.
ExcluirAinda bem que algumas almas boas se preocupam com os menos favorecidos, não deveria ser preciso, mas é o que tem e necessário.
Obrigada pelo rico comentário, Leninha,querida!
Dalva,
ResponderExcluirParabéns pelo poema tão lindo, sensível e real.
Sua poesia é muito bonita e forte.
Esse problema que você abordou é seríssimo. Se já era, antes, muito mais agora.
Beijo.
Obrigada, Heloisa, ainda bem que nestes momentos alguns movimentos apoiam essa causa porque se fosse depender só dos governos...Mas mesmo assim, ainda há isolados aqui e acolá, então não custa estar preparado para oferecer algum alimento ou agasalho, se puder. bjs
ExcluirQue paulada de poesia! Realidade nua e crua... Sempre é urgente ajudar o próximo, mas nesses dias a urgência é dobrada.
ResponderExcluirObrigada pela visita Jaci, cuide-se por aí. Saudade de suas postagens, bjs
ExcluirSem palavras, Dalva! Qdo estava lendo seu fabuloso poema, deduzi que boia seria comida, alimento. Que situação tão drástica e horrível! Esperemos que os mais carenciados não desesperem e não façam cometam nenhum disparate.
ResponderExcluirEsse governo, democraticamente eleito, tem de rever sua postura e a crendice não pode fechar os olhos a tudo. Há que tomar um rumo novo! Bolsonaro está revelando sua ignorância e prepotência. Ainda essa noite vi na TV, ele abraçando e apertando a mão a muita gente, seus apoiantes, com certeza, suponho. Isso é de loucos!
Beijos e se cuide!
Obrigada, Céu! Infelizmente esse presidente sempre mostrou o que era ao longo de sua vida política, mas o povo adora se iludir, acreditar em salvadores da pátria que acenam com o país das maravilhas onde prosperarão. E mesmo agora diante da morte iminente que nos assola, ele distribui apertos de mãos e opinião dele de que devemos sair do isolamento, sermos fortes...Mata com atitudes e ainda é defendido ainda por muitos. É de loucos sim amiga, e de tolos também. Cuide-se, bjs
ExcluirEssa gente carece de olhos bondosos
ResponderExcluirsobre ela como a poeta os pôs os seus.
Adorei a sacada, a combinação das
palavras e principalmente o gesto.
Um beijo porque ainda estou rindo
das palavras que disse ao pé do
meu ouvido. Adoro você.
Mais beijos e, FIQUE EM CAAAASA!!!!
Obrigada, Silvio, o carinho é reciproco! A rua me chama rapidinho, uma vez por semana e é sempre uma incerteza, parece que estou em um jogo de vídeo game de possíveis zumbis :D bjs
ExcluirOi Dalva, poesia sensível que bem descreve o momento em que estamos vivendo. Parabéns. Bjs querida
ResponderExcluirObrigada, Nal, cuide-se, bjs
ExcluirOi Dalva você tem muito talento, expressou com tanta profundidade o sofrimento dos esquecidos, amei, lembrei que as vezes na 25 de março os trabalhadores de rua comem marmitex, a boia.
ResponderExcluirMuitos beijos,Vi
Obrigada, Vi! Lembra que logo no começo da 25 onde tem aquela praça com uns monumentos? Houve um tempo que colocaram (acho que foi o Kassab) grade em tudo e os miseráveis entravam e ficavam lá em fontes secas entre tantos lixos,enjaulados, aquilo era de cortar o coração...Ainda bem que tiraram. Aquela região tem muitos nesta situação porque pelo menos não falta comida. bjs!
ExcluirDalva querida, boa noite.
ResponderExcluirMenina , quanta sensibilidade em descrever a realidade dos menos favorecidos que dormem ao relento e se alimentam de restos. Que Deus toque os corações daqueles que possam estender a mão.
Boa noite de Paz.
Tem festa par MEGG MAIA lá no blogue .
https://celebrandosuavida.blogspot.com/2020/04/ontem-foi-o-dia-de-celebrar-com-megg.html
Obrigada, Diná! Que sejam tocados pela sensibilidade, aqueles que podem estender as mãos. bjs
ExcluirOlá querida Dalva! Muito obrigada por sua visita tão significativa na minha postagem. Deus lhe abençoe. Querida, hoje sua postagem me tocou. Somos seres humanos e não animais. Diante do que o mundo etá vivendo, o Brasil, não devemos sair numa boiada, com atitudes irracionais. Boa lembrança, enquanto estamos em nossas casas, protegidos, muitos irmãos estão na rua, faltando-lhes tudo e ninguém se aproxima com medo. Deus os abençoe. Parabéns querida! Maravilhosa publicação. Abraços da amiga Lourdes.
ResponderExcluirEu que agradeço seu carinho, Lourdes! O medo paralisa até os bons, temos que prestar atenção, amiga. bjs!
ExcluirDois excelentes poemas, muito diferentes mas idênticos na qualidade poética.
ResponderExcluirDalva, tenha um bom resto de semana.
Beijo.
Obrigada pela presença Jaime. AS letras do Radiohead geralmente são bem fortes, impactantes.
ExcluirBom final de semana, bjs!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi, Dalva. Gostei muito da postagem, tanto do poema quanto da música, que eu gosto muito e achei bem adequada para a intenção das tuas próprias palavras neste momento. Embora sejamos muito mais do que o que aparentamos ser, creio que através dessa postagem é possível ter uma grande noção do que te move neste mundo, da tua alma. Antes mesmo dessa pandemia já estávamos passando por momentos obscuros no nosso país, e agora só piorou. Mas, como eu costumo dizer, nada é, tudo está: existir é transmutar. O que me dá um pouco de alívio é saber que não foi com a minha contribuição que essa gente podre chegou ao governo do país, afinal, ao contrário de muitos que até pouco tempo atrás estavam por aí exaltando o nome do atual presidente e que agora falam como se tivessem chocadas com ele e com esse desgoverno, eu sempre soube da grande merda que seria, até porque várias dessas pessoas envolvidas nesse atual governo, e não somente o homem que agora chamam de presidente, há muitos anos já mostravam exatamente quem eram, só não viu quem não quis ver, gente ignorante, ou com problemas sérios de caráter. Criticar Bolsonaro neste momento é fácil, eu gostaria é de saber onde estava a capacidade de discernimento de algumas pessoas para criticá-lo antes de ele se tornar presidente, quando ele exaltava torturadores, por exemplo, e todo mundo sabia disso. Cito agora o nome desse sujeito porque muito, quase tudo, do que tem acontecido de ruim no Brasil é por influência dele, desse desgoverno, e não podemos ser ignorantes, agir como essas pessoas que só pensam em seus próprios umbigos. Não é o teu caso, e admiro essa capacidade de empatia, sentimento sobre o qual muitos falam ou escrevem, mas que poucos praticam. Obrigado por teu comentário em meu blog, espero que tu estejas bem, um abraço.
ResponderExcluirObrigada Ulisses, concordo com você. Fico mais triste ainda é com aqueles que mesmo agora vendo as posturas dele diante dessa situação de pandemia quase que fatal, continuam a apoiar e ajudar a disseminar essa idolatria a um genocida. Acho que os arrependidos do votos são perdoáveis (até certo ponto) perto desses.Cuide-se, bjs
ExcluirOI Dalva, fiquei com vontade de fazer uma boia agora mesmo. Acho que vou de macarrão.
ResponderExcluirRealmente a situação das pessoas de rua está mais crítica nessa fase que estamos vivendo. Um belo alerta de solidariedade o seu,
beijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook / Pinterest
Delícia, Chris, amo macarrão e suas possibilidades. Lembrei de vc ontem, filho fez risoto, bom também.
ExcluirObrigada pela presença, bjs!
Dalva, parabéns pelos poemas que tocam o coração
ResponderExcluirFelizmente, o povo português é muito solidário e todos os dias sabemos de mais voluntários que confeccionam refeições e outros que as distribuem pelos que na rua esperam uma "boia" de salvação.
Gostei muito.
Beijo, muita saúde.
Oi Teresa, que exemplar isso, fico feliz em saber. que após tudo isso esses temas sejam mais discutidos entre nós ditos "humanos". Obrigada, bjs!
ExcluirQuando minha mãe me deixou ser dono
ResponderExcluirdo meu dinheiro foi quando deixei de
comer de marmita. A boia da mamãe era
boa, tão boa que me água as lembranças,
mas nada tenho contra as que me dão as
mães de outros meninos.
Um beijo e, tô na gaiola, sim. Um beijo
de bico.
Silvio, boia de mãe e de vó são quase todas inesquecíveis!
ExcluirE tem razão, as boias das mães dos amigos/as também são ótimas e a gente aprende a comer sem frescura, admitir para a mãe que gosta de cebola não é fácil :D
Bjs!
Oi, Dalva!
ResponderExcluirVim ler comentários e acabo de assinar em baixo do nome de Ulisses de Carvalho. Aproveito para dizer que eu sei o que muitos dos que aqui vem vestidinhos de cordeirinhos e ovelhinhas fizeram no verão passado...
Sem modéstia, super curti o seu comentário rsss! Também sou sua tiete, desde que te conheci.
Cuide-se, minha querida.
Sandra...Meu medo de perder as memórias é um dia não perceber essas ligações e ações, mas por enquanto tô ligada! :D
ExcluirVindo de você, só posso me sentir privilegiada pelo carinho! Sem modéstias! :D bjs cuide-se!
Que postagem emocionante Dalva.
ResponderExcluirO dia que a boai não vem, alucina-se no mar sem remos e sem boia.
Vive na invisibilidade, sabe de todas as dificuldades, a olhar para marquise,
que ela não desabe, que não interrompa o sonho da nova manhã, onde uma boia virá,
pelas mãos finas dentro de uma luva, com uma mascara branca do medo geral, mas esta
mão dá vida, da esperança que o mar não se agite sem boia.
Muito bom amiga e inspirador.
Carinhoso abraço e feliz domingo de paz e luz.
Que a solidariedade faça a diferença na vida dos menos validos.
Obrigada pelo rico comentário, amigo, Toninho! Fiquei pensando na marquise...que ela não desabe...muito bom! bjs
ExcluirBelo post, realmente temos que nos atentar as pessoas que vivem nas ruas hoje estão muito vulneráveis, oferecer ajuda é o minimo que podemos fazer por elas. Por um mundo melhor, por um mundo onde uns ajudem os outros . Boa semaninha!
ResponderExcluirSim, Patricia, é dever de cada um de nós, dentro de suas possibilidades, ajudar de alguma forma.
ExcluirObrigada, bjs
“A boia catada.
ResponderExcluirA boia doada.
Quando geme a barriga
Qualquer resto é o prato do dia.”
Estes versos abrem o teu poema com importante tema social. Uma tristeza, minha amiga Dalva, mas é a crua realidade. Penso que nunca será mudada. Na América do Sul e na América Central os países são pobres, o que não quer dizer que não há riqueza nos espaço físico. Embora o México esteja na América do Norte, lá é o patinho feio. Há também fome e alta criminalidade.
Parabéns pelo poema!
Uma boa semana, com os cuidados com a saúde, Dalva.
Beijo.
Pedro
Também não sou muito otimista em relação a desigualdade e o que ela causa na sociedade como o todo.
ResponderExcluirOu enfrentamos ou o mundo cada vez mais será um lugar perigoso e triste, para todos.
Obrigada, Pedro, bjs
Olá!
ResponderExcluirNão conhecia o blog.
Penso voltar.
Mas, por agora,
não há volta a dar.
Vamos todos cumprir a quarentena!
Saudações poéticas!!
Olá, o jeito é darmos voltas nas leituras. Saudações.
ExcluirOi Dalva, bom dia!
ResponderExcluirFelizmente eu acho que o bem sempre há de prevalecer. Quando vejo emocionada a solidariedade do nosso povo, até "quase" esqueço que ouvi a insensibilidade de um presidente narcisista como o nosso ao responder p/um jornalista sobre o nª de mortos “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", numa total falta de respeito com as famílias dos mortos. Deixo abaixo uma OBS p/que não haja dúvidas nas minhas palavras sobre o presidente:
Transtorno de personalidade narcisista é um dos vários tipos de transtornos de personalidade. Trata-se de uma condição mental em que as pessoas têm um senso inflado de sua própria importância, uma profunda necessidade de atenção e admiração excessivas, relacionamentos conturbados e falta de empatia pelos outros. Mas por trás dessa máscara de extrema confiança está uma frágil autoestima que é vulnerável à menor crítica.
Minha posição não é política, não tenho idolatria por nenhum político, minha torcida é única e exclusivamente por nós "POVO".
Bjs amiga e um dia abençoado p/vcs é o que desejo
Fico feliz que tenha percebido isso, Dinha! Vejo muita gente que achava bacana achando esse comportamento do sujeito é "normal" e que não interfere no que está acontecendo. Que não nos falte reflexão e bom senso, amiga! bjs
ExcluirUm elogio igual aquele me põe aos pés
ResponderExcluirde quem o fez. Dalva, te amo e como
você disse, existe sim, entre uma
coisa e outra um momento de reflexão
ou, quem sabe, procurar na lista algo
melhor?
Um beijo, meu respeito e carinho pra
você, minha amiga.
Obrigada, Silvio, receba meu carinho, bjs
ExcluirAh amiga o povo está cada dia mais a mercê das atrocidades da vida que se impõe como um presidente sem noção dos deveres que tem a frente da nação. Eu sou do time que sempre que tenta ajudar com dinheiro quando possivel, outras vezes com um alimento, pois sempre pensei que a fome pode tornar as pessoas piores (a abstinência de algumas drogas também) e hoje me vejo preocupada com esse povo que não tem noção exata do que está acontecendo, que chorou as mortes na Italia e minimiza as mortes no Brasil, enfrento um misto de preocupação e raiva. Sempre tentando levar o conhecimento e carinho aqueles que me procuram para tal, mas tenho me afastado de quem sei não tem espaço para troca de ideias.
ResponderExcluirAmei sua reflexão.
Abraços
É tanto comportamento sem coerência que fico chocada, Adelaide, em meio a pandemia parecem cabo eleitoral da eleição de 22. Obrigada pelo comentário,bjs
ExcluirDalva, passei para ver as novidades.
ResponderExcluirAproveito para lhe desejar um bom fim de semana.
Beijo.
Olá, Dalva!
ResponderExcluirEspero e quero que você e família se encontrem bem e bem longe da Covid-19.
Por aqui, as coisas estão tomando um rumo certo, pouco a pouco. O pequeno comércio reabriu portas, ontem, mas os clientes têm medo de entrar e comprar algo. Imagina se você experimentar uma camiseta, ela tem de ir para quarentena, pois mais ninguém durante 14 dias a pode experimentar de novo. Com o calçado está acontecendo o mesmo. Bem, eu não sei se não será exagero, mas são ordens do Ministério da Saúde e eles é que têm médicos especialistas em infeções e vírus.
Hoje, estava ouvindo música e anotei os sites de alguns vídeos para depois usar e "Ti amo" de Dalida foi um deles, só que distraída cliquei em Blogger e o clip "saltou" de imediato para meu blog. Depois, o retirei, obviamente.
Que tudo por aí, nomeadamente respeitante ao Coronavírus. vá decorrendo com inteligência e decência, qualidades que o Presidente do seu país não tem. O governo se vai esfrangalhando, pouco a pouco. Qdo chegarmos a 2022, vocês fazem um acero de contas.
Oi Céu, estamos bem, sim, mas todos inseguros com a duração e efeitos dessa situação.
ExcluirTeremos que nos acostumar, mesmo onde a situação está mais controlável, não temos o domínio do vírus, então toda prevenção é necessária. Por aqui muitos ignoram o poder da pandemia, acham que voltar a trabalhar será tudo como antes. Triste.
Valeu ter lido novamente o belo poema!
Bom final de semana, bjs
Oi, esqueci de te mandar beijos e dias felizes e calmos.
ResponderExcluirTudo de bom para você, família e para todos os brasileiros com 2 dedos de testa.
Não sabia o significado desta boia...
ResponderExcluirUm poema muito comovente...
Saramago dizia:
«Não é a pornografia que é obscena, é a fome que é obscena.»
Gosto muito de a encontrar no Refúgio dos Poetas...´
Lamento andar tão parado...
Dias de luz e paciência.
Tudo pelo melhor.
Beijos, Dalva.
~~~
Frase forte de Saramago, Majo, totalmente verdadeira.
ExcluirNem sempre dá para escrever, também sou assim!
Obrigada pela visita e comentário, bjs
Olá querida Dalva,
ResponderExcluirA situação dos moradores de rua ficou muito pior após o crescimento da pandemia e o isolamento social, nesse momento a solidariedade das pessoas é de suma importância. Espero que essa pandemia recue o mais breve possível, só assim poderemos voltar a ter uma vida se não igual, mas parecida com a anterior.
Achei lindo o poema e a bela canção do Radiohead de quem sou fã!
Um abraço
Obrigada, Alécio! Nos lugares em que se juntam é mais fácil chegar ajuda, já nos bairros mais afastados acabam se isolando, aí só os moradores da vizinhança mesmo para ajudar. bjs
ExcluirFico à espera de mais...
ResponderExcluirDalva, continuação de boa semana.
Beijo.
Logo sai post novo, Jaime, obrigada, bjs
ExcluirTempos difíceis, Dalva. Tanto descaso com o povo que dá até vontade chorar. Bela reflexão. Beijos
ResponderExcluirSim, Helena, cada vez pior...muito triste. Obrigada, bjs
ResponderExcluirUma boia que se perfila como um grito no mar imenso da pobreza.
ResponderExcluirPara cúmulo vivemos uma situação, que em nada ajuda a quem já vive em carência.
Abraço solidário.
Juvenal Nunes
Sim, Juvenal, gritos que já se tornaram inaudíveis, banais.
ExcluirObrigada pela visita e comentário, abraço.