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8 de jul. de 2021

Fragmentos Aleatórios 5

O grupo escolar

O primeiro dia. Não se   dá conta do que é medo ou insegurança, mas sente as pernas bambas.
Uma bolsa, cadernos, livros, um lápis de aprender a escrever, desenhar, uma borracha para desfazer, arrumar...Seis cores para dar vida, iluminar. Uma régua para medir e talvez apanhar.
O uniforme causa estranheza e ao mesmo tempo é lindo, saia azul marinho de pregas, camisa branca com brasão da escola desenhado no bolso, blusa de lã azul marinho, meias brancas 3/4 e sapatos pretos. Sente vergonha de usá-lo.
No primeiro dia segue a avó pelas ruas de terra que em dias chuvosos bebiam água livremente, pelo menos até o asfalto chegar. Por sorte o solo está seco e o uniforme novo não vai se sujar.
Na manhã fria vê parcialmente as figuras enevoadas caminhando quase todas na mesma direção. Por que para lá? 
Finalmente o destino, o grupo escolar enorme aos olhos infantis que avaliam cada detalhe.
Crianças se aglomeram na frente dos enormes portões, as menores quase todas acompanhadas. Segura firme no braço da avó, ah se pudesse voltar para casa...
A insegurança pelo novo era maior que o desejo de aprender.
Distrai-se do medo vendo os carrinhos de vidro emoldurados em madeira onde vendiam doces sobre duas rodas enormes. Cores que saltavam aos olhos: arrozinhos cor-de-rosa, geleias coloridas, chicletes de vários sabores, balas em tiras, pirulitos de todos formatos e sabores, guarda-chuvas de chocolate, triângulos açucarados de bananada, doces corações de abóbora, maria moles brancas como neve envolta em coco seco, moedas de chocolate, caixinhas da sorte...
Acompanha com os olhos a movimentação das crianças ao redor dos carrinhos para serem atendidas antes que o sinal tocasse e o grande portão abrisse. Sorte dos vendedores, um, o Gordo, o outro, o Magro, velhinho de óculos redondos de lentes grossas, parecia a versão masculina da avó.
Assusta-se com tanta gente. Como seria a escola, o que aconteceria lá dentro? Seria a professora boazinha ou má como alguns contavam.
Sinal tocado, portões abertos, misturam-se na multidão em busca de informações.
Na fila de sua classe teve que soltar o braço da avó. Agora estava só, em meio a tantas crianças busca com os olhos alguma amiguinha conhecida. Nada, um mundo novo e desconhecido. 
Cada professora assume a fila de sua turma. Recados dados, hino nacional tocado, cada fila acompanha ordenadamente a professora pelas escadas e corredores até suas respectivas salas.
Senta-se encostada à janela 
quase no fundo da sala. Tímida, treme de medo até a aula começar e fluir.
Logo sente o carinho da professora com cada um, por sorte não era má, até oferece lápis e borracha para quem não tem. E também segura nas mãos orientando os primeiros traços de lápis no caderno encapado de plástico xadrez.
Nas paredes há letras sorridentes, flores e bichinhos estampados em cartazes coloridos e brilhantes. 
Uma lousa gigante (que muito teme) com giz e apagador, carteiras e cadeiras de madeira, um armário com materiais,  trancado pela professora e desperta a curiosidade dos alunos, que eram muitos, nunca vira tantas crianças juntas em uma sala.
E os dias se seguiram, novas amigas, iam e voltavam juntas. O braço protetor tinha outras tarefas por fazer.
Com o tempo experimenta quase todos os doces dos carrinhos.
Guarda na memória os aroma da merenda (nem sempre boa) e o sabor de cada uma delas. 
Acha discretamente seu lugar, sempre no fundo da sala, embora sem nunca deixar de observar tudo ao redor.
Ás vezes ao olhar pela grande janela com persianas ainda sente vontade de sair e estar lá fora em seu mundo conhecido.
Aprende que as professoras boazinhas não duram para sempre e que as malvadas podem ser traumatizantes. Melhor não se apegar a nenhuma delas sem saber que as boazinhas de verdade seriam inesquecíveis. 
Afinal não foi tão ruim...Brincou, ficou de mal, ficou de bem. 
E aprendeu a ler tantos livros e imaginar, escrever e pensar, o maior tesouro escolar.

EMVL


Ciranda Cirandinha

Vamos todos cirandar

Vamos dar a meia volta

Volta e meia vamos dar

O Anel que tu me destes

Era vidro e se quebrou

O amor que tu me tinhas

Era pouco e se acabou

Por isso dona (nome da criança)

Faz favor de entrar na roda

Diga um verso bem bonito

Diga adeus e vá embora

137 comentários:

  1. Dalva, que coisa mais linda essa viagem de volta oas tempos do primeiro dia de aula.Todas as temeridades, emoções, coração palpitando, despedida da mãe ou avó..

    Tantas coisas passaram na minha cabeça e mescladas na tua, minha emoção em dois tempos: tempo de aluna ,sendo levada e tempo de levar filhos e depois netos...

    ADOREI e embarquei no mundo dos lápis. Eram mesmo apenas meia duzia. Os que chegavam com estojpa grandes, caixas de uma dúzia eram observados pelos demais. Quem levava cola, tesoura... Tanto a lembrar!

    Bem ,agora é hora de voltar à realidade e hoje está linda: com Marina aqui ao meu lado, ficará o fds! Vamos curtir..

    .beijos, adorei te ler! Lindo fds! chica

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    1. Finalmente, Chica, Marina passando um fim de semana com vocês, que alegria!!
      Tem coisas que a gente não esquece, né, por mais distantes que estejam na linha do tempo...e vc ainda teve dos netos para recordar, coisa boa! Até o 1] ano não conhecia cola industrializada, usávamos de farinha de trigo, para balões, pipas, toda brincadeira com papel ou papelão...
      Curtam muito a Marina, bjs!

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  2. Dalva, depois de ler este maravilhoso texto lembrei o meu primeiro dia de escola. E que bom foi!!! (Engraçado como as experiências lindas e intensas saltam de imediato do baú das nossas memórias.)
    Recordo ainda o nome da professora (e directora da escola) que me acompanhou do 1º ao 4º ano: Abigail. Diziam os meus pais que demorei meses a conseguir dizê-lo correctamente.
    Dalva, é MUITO BOM ler as suas histórias emocionantes, adoráveis, ricas em pormenores curiosos.
    Beijo, saúde.

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    1. Teresa, o que foi bom sempre prevalece, né!! Abigail...nunca mais vi alguém com esse nome que já não era tão comum mesmo naqueles tempos. Ainda bem que aprendeu, geralmente as diretoras eram bem "duronas", eu tinha medo da secretária que depois se tornou diretora, a criançada a temia com força.
      Obrigada! Bjs

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  3. Recordar é vive, Texto muito bonito que gostei de ler
    .
    Abraço sentido
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  4. Doces memórias de um acontecimento muito importante, o ingresso na escola. Os doces então vendidos em todas as escolas eram os mesmos. Mas agora há escolas que controlam rigorosamente a qualidade dos lanches e guloseimas que podem ser oferecidos às crianças.

    Beijo

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    1. Marly, naquele tempo, começo dos anos 70, não havia cantina em minha escola, era só na rua mesmo ou bombonieres por perto, era ganha pão de muita gente.
      Os doces eram mais saborosos, hoje têm muita química neles, outro dia comi um doce de banana que nem gosto ou cheiro de banana tinha, totalmente artificial..Já desisti de tentar matar saudade comendo estes doces, só se for fazendo em casa mesmo.
      Obrigada, Marly! Bjs

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  5. Oi Dalva
    Que delícia ler estas recordações que me fez voltar no tempo da meninice em que os fatos escolares eram tão parecidos
    Adorei o conto
    Beijinhos e um maravilhoso final de semana

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    1. Muito obrigada, Gracita! É sempre bom recordar! Bjs

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  6. Consegui visualizar e até sentir quanto relatas. É a época moderna da ida á Escola. Antes... Pois! Antes foi tudo muito frio, impessoal, com total ausência de carinho ou atenção. Outros tempos!...
    Um Relato de excelência.
    Parabéns.


    Beijo
    SOL da Esteva

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    1. Muito obrigada, Sol! É verdade, cada geração vai vendo as mudanças acontecerem, tem as boas e as ruins. Bjs

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  7. Oi, Dalva!
    Enquanto lia o seu texto, lembrei-me dos professores que tive. A minha primeira professora foi marcante em minha vida e sinto muitas saudades!! Ela era uma fada com cabelos vermelhos de nome "Espanha". Eu tinha 3 anos e frequentei dois anos de maternal para depois ir para a escola e senti toda a ansiedade que uma criança senti quando vai para uma escola maior, com muitos professores e alunos. Que delícia o seu texto!! Dei um refresh na memória (rs*). Maior respeito pelos professores, até porque a minha mãe também lecionava.
    Beijus,

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    1. Luma, para lembra-la como uma fada certamente foi importante em sua vida, além do nome diferente, Espanha...Conheci uma "Itália". Foi para escola numa boa idade, no meu tempo, onde morava, as crianças só podiam se matricular depois de completar sete anos (no ano seguinte), inacreditável, né?! E eram poucas escolas que tinham pré escola. Obrigada! Bjs

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    2. Um nome incomum da minha professora, mas ao mesmo tempo dificilmente eu conseguiria reencontrá-la porque não sei seu sobrenome. Ela morava em uma casa feita de madeira, só que quando entrávamos, ao invés de escadas para subir, eram para descer. Como se entrássemos pelo telhado. O pai dela era meio maluquinho (rs*), porque ao lado das escadas, estava a copa de uma árvore. Você podia escolher entre escalar a árvore do alto para baixo ou descer as escadas. Eu tinha muito medo e ela só ria. Fui poucas vezes na casa dela e foi por causa do aspecto da casa que comecei a achar que minha professora era uma fada. Eu era pequena e vivia no colo dela brincando com seus cabelos. Ainda tive contato com ela até meus 6 anos, até que seu pai faleceu e ela foi morar com a avó em outra cidade.
      Eu tive de completar 7 anos para entrar na alfabetização e por isso repeti por dois anos o pré-primário, mas com 5 anos eu já sabia ler e escrever. Aprendi junto com meus irmãos :)
      +Beijus,

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    3. Que bacana essa casa, Luma, realmente encantada e faz todo sentido "fada".
      Toda criança tem o potencial de aprender, com estímulos e cuidados! Bjs

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  8. Oi Dalva!
    Que coisa boa essa viagem! Voltei e me achei, lá nos tempos de menina. Muitas emoções, muitos medos, inseguranças mil. Tudo passou. Ainda bem que temos nossas memórias, não é?

    ADOREI tudo o que você escreveu!
    Bjs
    Marli

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    1. Muito obrigada, Marli! Sem memórias somos só um corpo, a minha anda falhando, mas vou registrando enquanto consigo. Bjs

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  9. Boa tarde, Dalva
    Que emocionante texto.
    Me lembrei da minha primeira professora Dona Madir.
    Estudei em colégio de freira e o uniforme era saia azul marinho de pregas, blusa branca como você mencionou. Tempo que deixou saudades.
    Te desejo um ótimo domingo.
    O meu carinhoso abraço.
    Verena.

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    1. Muito obrigada, Verena! O nome da primeira professora fica gravado para a maioria! Bjs

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  10. eu não tenho lembranças dos meus primeiros dias na escola, mas uma das lembranças mais antigas que tenho é sobre a escola, ir estudar: tenho guardado bem claro na memória um dia em que acordei muito cedo e estava chovendo muito, era uma chuva muito forte e eu ainda estava sonolento, meu pai me levou de carro ao colégio que não ficava muito longe da minha casa, ficava do outro lado da lagoa (que geralmente eu atravessava pela ponte nos dias em que não chovia), lembro bem do cheiro dentro do carro naquela manhã, da água da chuva caindo sobre o vidro da janela do carro, de chegar no colégio e ver marcas dos pés no chão das outras crianças... tenho muitas lembranças dessa época, algumas muito boas e outras nem tanto, lembro de achar que a escola parecia enorme, os corredores pareciam enormes, e muitos anos depois, quando eu fui visitar a escola um dia, já adulto, achei que aqueles corredores nem eram tão grandes assim, mas com meus olhos e meu tamanho de criança pareciam ter outra dimensão. teu texto me fez lembrar disso e de outras muitas percepções que eu tinha, e tenho hoje, sobre aquele colégio. e teu comentário sobre as fotografias antigas que compartilhei me fez bem! obrigado, Dalva, um abraço!

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    1. Oi Ulisses, gostei muito de suas lembranças,mesmo que elas sejam assim como um corte de fotografia, um lampejo. são importantes. Essa sensação de tamanho que falou senti quando vi minha rua de infância há uns 15 anos...Acho que criança tem mesmo este poder de enxergar a imensidão em tudo. Li sua resposta lá e fiquei muito feliz, repito, sua postagem está um primor, do começo ao fim, gratidão! Bjs

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  11. Querida Dalva, li com muita atenção este teu texto sobre o 1o dia de escola e, claro, voltei atrás no tempo. Na minha aldeia, tinha eu 6 anos , entrei para a primeira classe ( primeiro ano ) e não me lembro de qualquer trauma ou receio; na 1a e 2a classes a escola era muito pertinho da minha casa e a minha mãe só deixava que eu saisse de casa, quando a professora passasse e eu queria ir mais cedo para brincar com as outras crianças: praticamente, ia atrás da professora; fiquei muito feliz quando, na 3a e 4a classes frequentei uma outra escola, distante da minha casa e aí, a minha mãe não podia controlar tanto. Naqueles temos, Dalva, a miséria era grande, os filhos eram muitos, os salários muito baixos e subsideos não havia; as escolas eram geladas, as roupas das crianças eram pouco quentes, merenda escolar não havia; muitos iam para a escola com fome e voltavam com mais fome ainda. Eu não passei por isso, porque eramos só dois e isso fez com que eu me sentisse uma previligiada; não tinha nada em exagero, mas tinha o essencial; tinha merenda preparada pela minha mãe e sentia muita pena daqueles que nada levavam para o lanche. Hoje, muitos desses, estão bem de vida, e várias vezes conversamos sobre as dificuldades desses tempos. Umiforme não havia e mesmo hoje, nas escolas públicas não há; só os colégios privados os têm; isso era outra coisa que levava e continua a levar à discriminação porque havia e há os meninos pobres, mal vestidos e os mais afortunados, com boas roupas e calçados. Quando fui para o Brasil, em 75, fiquei encantada ao ver que os uniformes eram usados tanto no público, quanto no privado. Hoje em dia, Amiga , embora ainda haja muito a fazer, ninguém fica com fome, porque as escolas têm cantina onde as crianças têm comida bem feita e saudável, Aqui, há escolas que, durante as férias, continuam com a cantina aberta onde os alunos mais carenciados podem ir fazer as refeições; hoje há livros gratuitos para quem não pode comprá-los e as escolas têm aquecimento; acho muito bem, Amiga! Tenho o prazer de ver pessoas da minha aldeia, naquele tempo, consideradas pobres e que hoje têm os filhos com cursos superiores, graças a todos esses beneficios. A educação é fundamental para que a miséria acabe e está mais que na hora dos governantes pensarem que o maior investimento é na educação e na saúde. Infelizmente, nem sempre agem assim e a miséria continua. Amiga, muito obrigada por me levares a recordadr essa primeiro contacto com a " lousa " ( nao usavamos cadernos nos primeiros anos) e o lapis feito do mesmo material, Não sei se aí, nesse tempo, também era a lousa o vosso " caderno "; só muito mais tarde é que surgiram os cadernos de duas linhas, para a letra sair direitinha, o cadermo quadriculado para as contas e depois mais tarde o caderninho de uma só linha, pois já tinhamos a letra mais formada. Outros tempos! Hoje escreve-se no próprio livro onde nem sempre há espaço suficiente para se desenvolver a resposta; além disso o livo fica inutilizado, não podendo ser usado pelos irmãos ou amigos mais novos, Um desperdício sem tamanho. Beijinhos, querida Amiga e tudo de bom para todos em especial a SAÚDE, pois as coisas estão cada vez mais pretas. Uma boa semana
    Emília

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    1. Emília, querida, muito obrigada pelo depoimento, adorei ler e saber um cadinho mais de sua história, do passado. No 1º ano (1970)já usávamos caderno sim, tinha o de classe que ficava no armário trancado e o de casa que levávamos para fazer as lições e trazer no dia seguinte. Lembrei só agora dos carimbos que a professora usava para nos incentivar, como lições ou simplesmente embelezar os cadernos...
      Infelizmente uma grande parte dos políticos entram nela para se beneficiar e não para fazer as mudanças necessárias para a melhoria da vida do povo. Merenda aqui, dependendo do governo é comida mesmo, arroz, feijão, carne, verduras (de hortas comunitárias), aí entra outro e tira tudo, coloca bolacha, suquinho industrializado, salsicha com pão...Essas concorrências sempre envolvem "parceiros" e muito dinheiro e interesse político. Só o povo perde quando não há interesse em fazer políticas públicas para a comunidade. Bjs

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  12. Vamos aos erros...
    Subsídios
    Caderno...
    Se encontrares mais algum, Amiga faz de conta que não vês, certo?
    Afinal estamos no 1o dia de escola...
    Bjo
    Emilia

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    1. Emília querida, não percebi e mesmo que perceba, seus textos são claros, nenhum "erro" ortográfica fará com que não se compreenda a ideia e isso é o que importa. Eu erro também, e muito, mas quer saber...Não ligo mais! Bjs

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  13. Ai, ai, ai...descobri um outro um tanto grave..
    Privilegiada
    Serå que tenho de voltar à lousa????
    Beijo, Dalva
    Emilia

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  14. Olá, Dalva, essa sua crônica sobre os primeiros dias de aula, com as crianças ainda curiosas e sem saber o que vem pela frente delas, está muito bem escrita, a ponto de levar-me para aquele tempo em que eu também assistia a minha primeira aula, levando comigo, um caderno, lápis de cor, régua, lápis preto e uma grande borracha, tudo num estojo. A minha sorte foi ter tido como meu primeiro professor, meu tio, recém formado. A matéria dada naquele dia foi a escrita do abecedário, o que para mim pareceu uma situação muito confusa, mas estava ansioso para usar o lápis e a borracha, assim fui copiando o que estava no quadro, a começar pela letra A, e depois o restante do alfabeto. Depois de ter escrito todas as letras, com dificuldade, peguei a borracha com avidez que, para mim deveria ser usada, (senão não teria levado) então, comecei a apagar todas as letras, com alegria que até hoje me faz rir. Quando cheguei em casa, na hora do almoço, meus pais pediram para que eu mostrasse o que aprendera. Minha mãe perguntou por que a página toda suja, ao que respondi: escrevi e depois apaguei!
    Diante disso o silêncio foi mortal. rssss
    Parabéns pela bela crônica, que, como você pode ver fez-me escrever tudo isso.
    Agradeço a partilha, penhorada.
    Uma boa semana, com saúde e alegria.
    Um abraço.

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    1. Hahaha...a lógica das crianças é muito mais criativa que a dos adultos! Fez todo sentido!
      Obrigada por compartilhar sua experiência, Pedro! Obrigada, bjs

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  15. Querida Dalva,
    Lendo o seu belo texto me lembrei de muitas coisas da minha primeira série na escola, o medo de ficar sozinho num lugar estranho, os doces, pipocas, sorvetes e geladinhos fora da escola, os lanches da cantina e também a merenda escolar que nem sempre era boa, as festas juninas em que a gente se divertia vestidos de caipirinhas, as professoras boazinhas e as más que só peguei depois da quinta série! Boas lembranças de um tempo que ficou no passado! Adorei ler o seu texto, me trouxe memórias gostosas.
    Um beijo!

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    1. Alécio, muito obrigada pelas lembranças deixadas aqui e ainda bem que as más professoras são em menor número. Bjs

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  16. Querida Dalva, que crônica linda, lembrei de tantas coisas, do "arsenal" que eu levava para a aula, adorava aquele ambiente, tenho saudades daquela época, depois repetiu-se nos filhos, eu dava um pulo no colégio para ver como estavam indo e pulava corda com a turma no recreio! Pegavam a "tia"!!
    Belas recordações, nada igual "aquela do Pedro", mas foi muito bom. Quem não lembra de seu tempo?
    Beijinhos, uma linda semana.

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    1. Sim, Taís, esse paralelo com a experiência dos filhos também alimenta as memórias...é o tempo passando. Num piscar de olhos lá estava a mãe brincando com aluninhos. Mágico.
      Lembrei do filho no primeiro dia de aula (maternal). Deixei-o lá, voltei chorando pela separação. Fui no meio do período para buscá-lo, era o primeiro dia...Quando me viu queria que eu fosse embora, queria ficar. Chorei de novo, de alegria. Bjs

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  17. Oi Dalva faz tanto tempo, que quase não tenho lembranças, minha professora do primeiro ano foi legal, do segundo ano foi o capeta, no meu tempo lembro que tinha cantina que vendia algumas coisas, mas não me lembro dos vendedores na porta.
    Eu estudei em escola estadual, acho que a saia era cinza a camisa branca e não tinha brasão.
    Uma coisa eu lembro bem, que no dia das crianças eles distribuíam lanche para todas crianças e geralmente era algo especial, o lanche diário era só para as crianças inscritas como carentes, eu bem que cobiçava uma sopa de feijão que cheira muito bem, mas por não estar inscrita não pude comer.
    Amei seu texto, boa semana, beijos,Vi

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    1. Nossa Vi, complicado isso de só crianças cadastradas poderem comer, criança não tem psicológico ainda para compreender certas coisas. Lembro que nas férias eles serviam refeições, aí sim era só para os cadastrados, eu acho, também não tenho memórias muito assertivas. No ginásio usamos cinza, que novidade, todos adoraram, depois vieram os aventais brancos...que horror(só não pior que os shorts de educação física)! Obrigada, Vi,bjs

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  18. Que bom vir aqui depois de algum tempo e conferir seu bonito escrito.

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  19. Gostei bastante do texto, que reporta uma situação pela qual todos nós passamos.
    O início da vida escolar abre as portas a uma realidade social impactante e indispensável à vida de todos nós.
    Aqui em Portugal também conhecemos e cantamos o poema que publicou.
    Abraço de amizade.
    Juvenal Nunes

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    1. Que legal Juvenal, então cantam ou cantaram o Ciranda, Cirandinha...
      concordo com sua opinião sobre o início da vida social, é um aprendizado, o começo dele.
      Obrigada, Bjs

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  20. O primeiro dia na escola é assustador para quase todas as crianças. Ainda que hoje me pareça mais fácil, já que a maioria das crianças frequentam o ensino pré-escolar.
    Magnífico texto, gostei muito da sua crónica.
    Bom fim de semana, amiga Dalva.
    Beijo.

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    1. Oi Jaime, também acho que era, pelo menos naqueles tempos que as crianças iam mais tarde para a escola.
      Muito obrigada! Bjs

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  21. Eu adoro esta sua arte de divagar pelo tempo de infância de interior, que muito tem do que vivi. Lendo voltei no tempo. com ressalva nos utilitários, mas até o Grupo Escolar era parecido com suas inúmeras janelas, que hoje ainda de pé, o povo de lá chamam de Pombal. Dalva você nos leva pelas lembranças e dá uma "fincadinha" no coração na saudade.
    Um texto crônica maravilhoso com lembranças vivas, que recriamos cada descrição e assim as revivemos.
    Que todas as escolas cumpram a nobre missão e que as más não existam nas lembranças dos meninos.
    Obrigado por mais esta viagem amiga.
    Beijo no coração e feliz fim de semana.
    Grato sempre pela sua atenção carinhosa.

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    1. Toninho, se não me falha a memória vc me disse que já morou em são Paulo, aqui quando começaram a construir os conjuntos habitacionais, estes eram chamados de pombal também...e faz todo sentido, amigo!
      Obrigada pela presença, sempre gentil, amigo! Bjs

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  22. Ah o teu primeiro dia me fez recordar, que no período em que eu completava 7 anos dia primeiro de agosto a Lei determinava que só poderiam ser matriculadas as crianças que completassem 7 anos até 31 de julho, e eu já estava alfabetizada então me fizeram ir "encostada" até que mudasse a Lei que já estava no processo, ou seja, eu ia ficava no final da fila e durante toda a chamada eu ficava do lado de fora da sala só podendo entrar após todos responderem a chamada e ocuparem seus lugares, pensa só isso hoje não seria nem permitido dado os danos causados ao emocional.....e na realidade penso que foi bem agressivo, pois contribuiu para apagar todas as outras lembranças que você graciosamente nos apresenta de forma tão doce, não lembro dos materiais, das cantigas e etc... (risos). Adorei acompanhar suas narrativa.
    Muita Luz e Paz!
    Abraços

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    1. Caramba, foi muita insensibilidade...e acabou marcando pelo que não deveria ter acontecido. Este tipo de coisa sempre me revoltou, injustiças...e havia muitas no universo escolar.
      Muito obrigada, Adelaide! Bjs

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  23. Queria voltar (de novo) á Escola e sentir o que senti. Seria um bom exercício de vida...



    Beijo
    SOL da Esteva

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    1. Pois é amigo, poderíamos compreender melhor muitas situações e efeitos delas em nossas vidas, mas infelizmente são só as poucas memórias mesmo.
      Obrigada, Sol! Bjs

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  24. Oi Dalva querida, bom dia!
    Viajei até chegar na professora Heloísa, a minha primeira professorinha, a que me recebeu com muito carinho no primeiro dia de aula, a que deixou em mim, o sentimento de ser uma pessoinha importante p/ela e p/todos os amiguinhos da turma. Essa foi a primeira lição que aprendi com ela, a de nunca me sentir superior a ninguém, mas também nunca me sentir inferior, simplesmente "ME SENTIR IMPORTANTE". Eita tempo bom, saudade eterna da minha professorinha! kkk
    Que vcs tenham um lindo FDS é o que eu desejo!
    Bjssss amiga

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    1. Dinha, uma mestra que ensina isso para uma criança no início de vida escolar, só pode ser um ser Humano maravilhoso, digna de ser eterna para seus alunos.
      Muito obrigada! Bjs

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  25. Que texto maravilhoso!! Viajei ao passado, aos meus tempos de crianças, revi meus medos, minhas conquistas, minhas dificuldades, as "arengas" com as coleguinhas, as alegrias quando aprendia algo novo, a descoberta da magia que a leitura, o aprender desperta em cada um de nós.
    Abraços fraternos!

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    1. Gostei do "arengas", Lucia! rs A experiência foi tão boa que se tornou professora!
      Obrigada! Bjs

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  26. Obrigada, querida amiga, uma boa semana pra você
    na medida do possível!
    Vamos ver que bomba teremos nesse pais para a próxima semana...
    Beijinhos

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    1. Mesmo com o recesso, as bombas não param, Tais! Obrigada! Bjs

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  27. Eu queria tanto escrever como você,
    Dalva. Eu até tento, mas...
    Quem sabe um dia eu consiga, né mesmo?
    Quando menino eu inveja os passarinhos
    na copa das árvores. Como teriam
    subido até lá? me perguntava.
    Um dia me vi na porta, aberta, de um avião
    a 15 mil pés de altura. Foi quando
    me lembrei do passarinho. Minutos
    depois lá estava eu em queda livre,
    voando, como eles.
    Um beijo, minha amiga. Um beijo.

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    1. Uau, que experiência, hein! Não consigo sequer imaginar a sensação. Um bjo procê também!

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  28. Dalva, hoje a pétala é sua.
    E eu estou feliz por isso.
    Beijo, boa semana.

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    1. Teresa, sinto-me honrada, muito obrigada mesmo! Bjs

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  29. Continuação de boa semana, amiga Dalva.
    Beijo.

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  30. Bom dia querida amiga Dalva !
    Fiquei emocionado com sua escrita. Viajei no meu tempo de escola, bem menino. Eu era encantado pela minha professora, no carinho que ela ensinava, e na hora do recreio com meus amigos. Poderia ficar aqui, horas e horas, recortando momentos. Lembro por exemplo, em meus 7 anos, a "Tia" ensinando plantar. Enfim, gratidão viu ?

    Seja feliz e ricamente abençoada !
    Dan
    https://gagopoetico.blogspot.com/2021/07/cardapio.html

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    1. Obrigada pela visita e comentário gentil, Dan!
      É sempre bom recordar para que não caia no esquecimento com o passar da vida. Bjs

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  31. É bom saborear os sons e odores que me foram presença nesses tempos.


    Beijo
    SOL da Esteva

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  32. Bjssss querida e um domingo de paz e alegrias é o que desejo p/vcs...

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  33. Meu carinhoso abraço Dalva e feliz seja a semana com leveza e toda gentileza em cada dia.
    Cuide-se bem.

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    1. Obrigada, Toninho, vamos nessa, que dizem será de muito frio! Bjs

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  34. Dalva, que maravilhoso este seu voltar ao primeiro dia de aulas.
    Visualizei tudo, como se de um filme se tratasse, tal o poder descritivo das suas palavras.
    Há marcos na nossa vida que nunca se apagam. O meu primeiro dia não me lembro bem, mas lembro o dia em que mudei de escola, no segundo ano.
    Passei de uma escola pública para uma particular, com farda também e uma professora super exigente, com um nome único, Hedla :)
    O medo que senti, a minha vulnerabilidade e ignorância ao pé das outras crianças, e como me marcou na altura e acho que para sempre!

    Como sabe, vou fazer uma pausa, conto voltar em Setembro, mais animada, assim espero :)
    Fique bem, Dalva.
    Muita saúde e um grande e grato beijinho.

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    1. Muito obrigada, Fê! Mudanças na infância geralmente marcam mesmo, sejam para melhor ou não. Nem sempre as crianças estão preparadas para elas.
      Gostei do nome da professora, nunca conheci alguém com esse nome.
      Volte descansada e mais animada mesmo, este planeta não anda mesmo fácil para o emocional da gente, se pudesse também daria uma boa saída do "mapa". Bjs, volte sempre que quiser!

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  35. Querida amiga Dalva,
    Sendo educador, só posso lhe parabenizar por uma crônica escrita com tanta ênfase, que nos remete aos tempos em que ir ao colégio, era bem mais que estudar, era fazer amigos. Até a merenda de antes, tinha cheiro e sabor da extensão das nossas casas. Hoje vivemos em um Mundo de (IA) - inteligência Artificial, de amigos casuais e alimentos com “sabor de qualquer coisa”.
    Gostei de ler estas tuas palavras, com espírito de experiências já vividas, das tantas reminiscências que guardamos na lembrança.
    Beijos e cuide-se bem!!!

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    1. Muito obrigada pela presença e comentário, Doug!
      ..."Sabor de qualquer coisa". A industria dos alimentos nos entupiu (e engordou) com suas armadilhas "deliciosas" não é amigo!? Bjs

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    2. Bjsss amiga e já aproveito p/desejar que o FDS seja maravilhoso por aí

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  36. Passei para lhe desejar um bom fim de semana, amiga Dalva.
    E trazer-lhe uma 🌼
    Beijo.

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    1. Muito obrigada, amigo Jaime, por enfeitar meu dia! Bjs

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  37. ...Ainda tenho essa recordação das pernas bambas!...

    Beijo
    SOL da Esteva

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    1. É uma sensação que muitas crianças têm e demora um cadinho pra gente dominar, amigo Sol! Bjs

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  38. Oi,Dalva! Passando pa agradecer teus carinhos e desejar um lindo fim de semana, cheio de coisas boas! bjs, chica

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  39. Que texto maravilhoso! Nostalgia, boas memórias, tanta lucidez! Eu voltei no tempo com você. Para mim que sou professora e pesquisei História da Educação no Mestrado é sempre bom ler, ouvir sobre a experiência escolar das pessoas, o que foi bom e o que não foi. Gratidão!

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    1. Obrigada, Jaci! É sempre bom ouvir outras histórias, sempre pode haver algo que podemos refletir e tirar alguma lição. Bjs

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  40. Um feliz fim de semana, querida Dalva!
    Obrigada sempre, amiga!
    Beijinho, cuide-se.

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  41. Boa tarde, Dalva!
    Obrigada! Tenho amado tuas visitas e comentários, nossos pensamentos se alinham, e isso me deixa muito feliz. É sinal que ainda estou de boas, sabes como é, estou envelhecendo e todo o cuidado é pouco, lol. Mas vamos que vamos, escrevendo no blog e comentando nos blogs amigos. Palavras e ideias, e novos horizontes sempre.
    Bjs
    Marli

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    1. Muito obrigada, Marli! Tá difícil, mas vamos tentando seguir! Bjs

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  42. Olá, Dalva, passo para desejar a você uma excelente semana, com saúde e paz.
    Forte abraço!

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    1. Obrigada, Pedro! Feliz dia dos pais, da forma que puder ser! Bjs

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  43. Logo no início vi-me a entrar no colégio - saia azul pregueada e casaquinho da mesma cor, blusa branca, meias da mesma cor e sapatos pretos...
    Quantas recordações! E tão boas! Nunca tive razão de queixa de nenhuma professora, embora algumas fossem severas com algumas alunas.
    Mas eu me comportava muito bem 😉 - nas aulas, cá fora era um verdadeiro diabrete!

    Gostei muito de seu texto. E embora em países diferentes, os hábitos são (eram...) muito semelhantes.

    Continuação de boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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    1. É verdade Mariazita, a cultura portuguesa e brasileira possuem muito em comum.
      Nem sempre ser severa é ser malvada! Obrigada, bjs

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  44. Boa tarde Dalva!
    Sua crônica me emocionou demais, pois me vi a caminho da escola pela primeira vez aos 5 anos de idade. Quando eu fui pra escola, eu já sabia ler e escrever um pouco, minha mãe todos dias nos dava uma aulinha. Eu e minha duas irmãs já sabia manusear bem lápis, caneta. Foi de boa o aprendizado. Quem me levava pra escola era meu pai, e muitas vezes eu tinha que esperar sentada na beirada da calçada em frente ao portão da escola, quando ele se atrasava. Minhas duas irmãs mais velhas estudavam em outro horário, então não dava pra elas me acompanhar. O uniforme era desse jeitinho mesmo. A gente ficava numa fila todos os dias pra cantar o hino nacional, depois seguia em fila pra dentro da sala em silêncio. O que me assustava mesmo era quando a professora resolvia escolher aleatoriamente alguns alunos pra fazer algumas tarefas no quadro. E o pior era os castigos que a gente ganhava se não acertasse. Tinha aquelas professoras que escrevia bilhetes para os pais e os alunos tinha que mostrar para que o pai lesse e assinasse. Até hoje quando lembro da minha primeira professora, minha orelha queima. Ela tinha uma unha enorme, e beliscava as orelhas da gente quando errávamos nas tarefas de matemática, mais era divertido, pois além de ser minha professora, era minha tia. Essas foi uma época que me traz muitas saudades. Obrigada pela leitura Dalva, me fez relembrar alguns momentos muito bons.
    Um ótimo mês de agosto.
    Um beijo!

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    1. Smareis, querida, adorei seu depoimento! Sempre tive pavor de ir para a lousa, queria ser invisível. Ainda bem que este tipo de ensino com pequenas violências acabaram, embora as psicológicas ainda aconteçam e causam danos na vida da criança e depois no futuro. Obrigada, bjs

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  45. Continuação de boa semana, amiga Dalva.
    Cuide-se, fique bem.
    Beijo.

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  46. Relendo para interiorizar, (revivendo) alguns momentos marcantes.




    Beijo
    SOL da Esteva

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    1. Sol, quando nos aquietamos para relembrar, algumas memórias despertam.
      Feliz dia dos pais, bjs

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  47. Passando a fim de reler e deixar votos de um bom fim de semana
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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    1. Muito obrigada, Ricardo, para você também e se for pai, que tenha um dia muito feliz! Bjs

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  48. Olá Dalva!
    Visitando amigos de amigos por isso estou aqui no seu blog, fui atraida pelo o que escreveste em seu perfil.
    E aqui estou, amei seu blog, voltarei mais vezes... estou te seguindo e espero você lá no meu blog!

    Desejando um bom dia e uma feliz semana.
    Bjinhos

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    1. Obrigada pela visita e comentário, Fatyma, logo retribuirei a visita. Bjs

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  49. Oi Dalva. Bom viver momentos de recordação. Ainda lembro de minha escolinha primária. E de minha querida professora Albertina. Parabéns pela postagem. Bjs

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    1. Concordo com você Nal, relembrar é bom, até aprendemos além dos tempos. Obrigada, bjs

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  50. Nossa Dalva, acho que fui azarada no quesito professoras. Tive cada uma, nada de boas recordações. No ensino médio melhorou e tenho até contato com algumas.
    Também, sejamos honestas, eu não era flor que se cheirasse, imagina aguentar 40 do meu tipo ? Coitadas, srsrrsrsrsrsrs

    Bjus 1000 querida

    Lia

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    1. hahaha...Não é fácil mesmo Lia, eu bem sei! Mas, sobrevivemos! Bjs

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  51. Há três anos a fisioterapeuta
    me proibiu de sentar para ler,
    escrever ou seja lá o que for
    ou, caso contrário as dores,
    aquelas que há muito não me
    deixam dormir, tornar-se-iam
    crônicas até que decidi dar um
    tempo e para não me ver tentado
    a voltar, como voltei outras vezes,
    deletei o blog. Não me pergunte se
    eu chorei de tristeza para eu não
    ter que dizer sim, que chorei e
    muito. Agora, Dalva, é Ctrl V e Ctrl C
    na obra dos outros direto naquela
    página e fim.
    Processo que não me custa mais do
    que cinco poucos minutos.
    Um beijo, desculpe e muito obrigado.

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    1. Meu caro amigo Silvio, o seu antigo blog era uma pérola, me divertia muito lendo as histórias e sempre que visitava encontrava algo novo e muito relaxante, mas entendo que nem sempre podemos fazer o que gostamos por coisas da vida! Se a recomendação médica foi essa você precisa seguir, mas quem sabe de vez em quando você não possa soltar um novo conto pra animar as nossas vidas! Força pra você meu amigo, saiba que eu te acho um grande escritor, dos melhores que temos.
      Abraços apertados ao amigo!

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    2. Poxa...Acho que não haveria motivo mais sério que esse para o retiro, nosso corpo nos carrega então é sempre bom ouvi-lo além dos médicos.
      Silvio, se não me engano o word tem uma ferramenta que digita o que falamos, já tentou? Não necessariamente para publicar, mas poderia deixar rascunhado as ideias...
      Fique bem na medida do possível, não deixe de se cuidar, amigo!

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  52. Querida Dalva,
    Estou passando pra comentar no blog dos amigos e fiquei emocionado com o relato do nosso amigo Silvio, mas espero que aos poucos ele possa voltar a nos alegrar com as suas histórias deliciosas!
    Um beijo pra você!

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    1. A vida nos prega peças, amigo Alécio, Silvio está certo em se cuidar, as prioridades da saúde são importantes, sempre. Bjs

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  53. Passando para deixar um abraço e saber como você está, espero que tenha muita harmonia, saúde, paz.
    Abraços

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    1. Obrigada, Adelaide! Tudo em ordem, sobrevivendo ao caos sanitário e político que vivemos. Bjs

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  54. Bom fim de semana, querida amiga Dalva.
    Beijo.

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  55. Passando para desejar-lhe um bom fim de semana, com saúde e esperança.
    Grande abraço, amiga Dalva.

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    1. Muito obrigada, Pedro, bom final de semana para vocês também!Bjs

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  56. Estou presente, Amiga.



    Beijo
    SOL da Esteva

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  57. Passando para desejar um bom final de semana, bjo

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  58. Bjs querida e uma maravilhosa semana desejo p/vcs

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  59. Oi Dalva passando para desejar uma ótima semana, obrigada pelo carinho lá no Blog e no canal, muitos beijos,Vi

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  60. Continua preguiçando ou é falta de tempo...?
    Espero que esteja tudo bem consigo.
    Continuação de boa semana, amiga Dalva.
    Beijos.

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  61. Jaime, é cansaço mental mesmo, a mente precisando de silêncio.
    Mas no geral estou bem, obrigada! Bom fim de semana,bjs

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  62. Oi Dalva, bom dia!
    Estou passando p/desejar um domingo de paz e alegrias p/vcs.
    Bjssss querida

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  63. Dalva querida, passando para agradecer sua visita, tive de rir, foi na mosca...
    Uma feliz semana pra você, com muitos cuidados, amiga, como você viu, a coisa está complicada, salve-se quem puder.
    Beijinho, saúde e paz!

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    1. Nem me fale Taís, estou esgotada, até quando isso? Obrigada, bjs!

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  64. Olá, amiga Dalva, desejo-te uma feliz semana, cuidando-se, e também passo para agradecer tua gentil visita.
    Grande abraço.

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    1. Eu que agradeço, Pedro! Vamos nos cuidando, sim, bjs

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  65. Querida Dalva
    Viajei no tempo...
    Lembro de algumas professoras, sempre boazinhas, os vendedores de doces na porta da escola. e de amigas queridas que, acredite, tenho contato até hoje.
    Agradeço o carinho nos meus blogs. Suas gentis visitinhas muito me alegram.
    Te desejo um dia abençoado.
    Muitos beijinhos
    Verena.

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  66. Muito obrigada, Verena, saúde e alegrias, bjs

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  67. Se não fossem as visitas dos seus amigos, o seu blog já teria teias de aranha...
    Continuação de boa semana, querida amiga Dalva.
    Beijo.

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    1. Jaime,se ainda há teias é porque há aranhas e não deixa de ser vidas. Bjs, obrigada pela visita, amigo!

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  68. Dalva, querida! que saudade. Fazia tempo que não entrava nos blogs. Você descreveu, em todos os detalhes a infância da nossa geração (sou um pouco mais velha que você). Num tempo onde cantar o hino nacional era motivo de orgulho para nós crianças - hoje ele está, infelizmente, atrelado a partidos (coisa horrível). Mas também eram tempos duros, imagina apanhar de régua de um professor (hoje quem apanha é o professor kkkk)
    Mas entrei aqui para lhe contar, embora você já deva saber, sobre o falecimento da nossa querida amiga blogueira Elaine Gaspareto. Para mim foi um choque, não acredito até agora. Muito cruel. Estou muito triste.

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    1. Helena, querida, feliz em vê-la! Nem me fale dos símbolos nacionais...
      Todo tempo tem suas delícias e horrores...o presente está bem difícil, apesar das facilidades tecnológicas.
      Triste demais a morte da Elaine, não precisava ser como foi, ainda não me conformo com todas estas mortes banalizadas, ainda mais com tudo que estamos vendo na CPI...Os interesses nunca foram por salvar vidas. Sobrevivemos até agora, amiga. Bjs

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  69. Ainda hoje conversava com o marido. Exatamente isso, Dalva, nunca foi o interesse salvar vidas nessa pandemia. E olha que não é só no Brasil não. Interesses financeiros, políticos. O mundo está podre. Ou sempre foi?
    Ainda não me conformo com a ida da Elaine, uma pessoa tão boa, humana, amava os animais, a família...

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    1. Helena, sempre houve e haverá bons e maus então sempre haverá podridão...Devemos estar de olhos abertos para que não sejam nossos representantes pessoas que não tenham caráter e vontade política de dar dignidade à vida de todos e não só a determinados grupos e familiares. Bjs

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