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31 de ago. de 2011

Certos Dias

Há dias com gosto de chuva
Daquelas de inverno
Insistentes
Parecem desabar
São gélidos e caldalosos

Na enxurrada incontrolável
Arrastam o ocaso da ilusão
Não adianta capa
Nem guarda chuva
Cortam corpos trêmulos
Congelam almas
Frágeis pensamentos ingênuos...
Carregam tudo pelo caminho
Desabam no bueiro escuro
Tenebroso
Que engole sorridente
As águas turbulentas
No final da ladeira cansada

Há dias de chuva
Ouço do quarto fechado
A força da tempestade
Que não se importa com minha vontade
Abro a janela
Não tenho medo dos dias de chuva
Nem medo de raios e trovões
Eles passam sempre
A vida brota
Fecho a janela
Abro a porta
Vou sair lá fora













Postagem original: 6 de setembro de 2009 às 13:46

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